quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O ócio está mesmo acabando???


Me chamou atenção a capa da ISTOÉ desta semana, que ressurge o já batido, mas não menos atual, tema “como usar melhor seu tempo”. Estou, há pouco mais de um ano, travando uma luta com o meu próprio tempo, tentando mudar hábitos, me dedicar menos ao trabalho e mais à vida real, aos amigos, amores, ao lazer e a mim.

Parece egocentrismo falar nisso, mas passei quase seis anos sem tirar férias, emendava um freela em jornal atrás do outro no período de verão, não sabia o que era feriado, final de semana inteiro nem me dava conta do quão cansada eu andava e do quanto precisava parar um pouco para... respirar! Simplesmente, respirar.

Às vezes me achava a clone da Mulher Maravilha e, principalmente depois do acidente de carro que enfrentei, parecia querer recuperar a tapa o tempo parada. Só que um belo dia acordei, cansada mais do que o normal e, vencendo meus conflitos no divã, consegui aprender a dizer mais nãos, a recusar trabalhos extras e a priorizar o ócio. Criativo ou não.

Assim, sempre que posso tenho usado o horário de almoço para reencontrar amigos, reservo momentos da semana para mim, seja para pôr as unhas em dia, fazer uma massagem relaxante, ver um bom filme, jogar conversa fora, visitar a família ou para, literalmente, não fazer nada. Dizem que falta de tempo é o mal moderno e que o ócio está acabando, mas, cá pra nós, tem coisa melhor do que matar o cansaço de um longo dia de trabalho se jogando no sofá, liberando a mente e não se preocupando com nada???

Nessa minha busca de maneiras para viver melhor, também tenho procurado mais atividades ao ar livre, mais lazer, mais leitura, mais cultura. Acho que tudo depende de realmente fazer as escolhas certas, ouvir mais as nossas próprias necessidades e planejar. Ainda estou falhando no quesito atividade esportiva regular, mas garanto que vou fazer pontos neste item, me aguardem!

O dia pode ter só 24 horas, sim! Nós é que temos de adequar nossas ações ao tempo real. E se ainda não é possível tirar férias, dedicar pelo menos alguns minutos do dia para não fazer nada não tira pedaço. Com certeza a saúde e a cabeça vão agradecer!


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Nós fazemos as escolhas e as escolhas nos fazem


Os rumos que a vida da gente toma dependem das escolhas que fazemos e isso não é nenhum clichê.
Já pensou se ao invés de determinada profissão você tivesse seguido outra? Se aquele beijo tão esperado não tivesse acontecido?
Se você tivesse ouvido seu espírito aventureiro e viajado pra outro continente? Se, se, se...

Pois ontem revi Efeito Borboleta, filme de 2004, que conta a história de um cara com problemas de memória e que descobre que é possível voltar ao passado lendo diários escritos por ele na infância. O personagem começa a sofrer blackouts de memória quando passa por pressões emocionais. Daí apaga e, quando volta, não lembra de nada do que aconteceu... por isso a sugestão de escrever os diários, pra tentar recuperar as lembranças esquecidas. A partir daí, ele vai resgatando memórias e tentando interferir no curso dos acontecimentos.

Eu não lembrava, na realidade não tinha visto o filme inteiro antes, mas logo no início soube que se baseava na teoria do caos, que, com ajuda do meu personal expert para assuntos aleatórios mega interessantes, descobri ser aquela tese que fala que a evolução da ordem de um sistema depende de sua situação inicial. Ou seja, o movimento das asas de uma borboleta lá na China pode vir a causar um furacão nos EUA, influenciar na ordem natural das coisas. Interessante, né??

Claro que tudo isso foi baseado em estudos de gráficos sobre movimentos caóticos, cujas marcações, descobri hoje, têm formato de borboleta. Complexo para nós, leigos, mas, na prática, o efeito borboleta me deixou cheia de divagações ontem. Não cheguei a sonhar, pelo menos não que eu lembre, mas durante o dia, no trajeto para o trabalho, no elevador, e até poucos minutos antes de me deter neste post, me deparei pensando naqueles “ses” do início. Tenho certeza que hoje sou muito mais feliz do que ontem, mas admito que nem sempre fiz as escolhas mais sensatas ou que me encaminhassem para chegar nesse ponto.

O amadurecer e a vida em si são reflexos das escolhas que fazemos. Boas ou más e até forçadas pelas condições em que o curso da vida acontece. O que não podemos é nos apegarmos às escolhas não tão exitosas ou nos tornarmos fracos por conta delas. A insatisfação é inerente ao ser humano e a nós só restam duas saídas: a lamentação eterna por ver que determinada escolha fora em vão ou sermos felizes a partir do que temos e somos, a partir da nossa realidade. Lembrando que ela, graças a Deus, não é imutável!

A felicidade pode e deve residir no real e cada segundo que ultrapassamos cria uma possibilidade concreta de alcançá-la. Mas não podemos dormir no ponto, as escolhas são para ontem, pois a vida passa muito rápido, como o bater de asas de uma borboleta.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Há muito mais à frente do amarelo ouro


Não tendo como fugir do óbvio, o assunto é a Obamamania e seu ápice neste dia 20. O dia, de fato, é histórico. Barack não só é o primeiro negro dentre os 44 presidentes que a superpotência já teve, como é o que sucede o pior dos piores, o sósia do finado Zacarias, George W. Bush.

A comemoração e a comoção dos americanos é tanta, que mais de 2 milhões de pessoas prestigiaram o ato de posse. Obama prometeu reconduzir os EUA à condição de líder mundial, reconstruir a América e tascou uma frase que os brasileiros já conhecem de longa data: “Escolhemos a esperança sobre o medo”. Lembram?

O medo a que o presidente recém-empossado se refere era o do retrocesso, de mais uma onda sanguinária comandada pela Casa Branca, de que não se conseguisse retomar a economia- antes considerada inabalável. Bush e seus erros em sequência significaram a queda da moeda americana, o caos no sistema de saúde daquele país, entre outras coisas, por puro erro estratégico.

E os jornais ainda destacam que ele, coitado, terá de se readaptar à vida de cidadão comum. Convenhamos, de comum o desastrado do Bush não tem nem nunca mais terá nada. Está marcado para sempre como o erro dos erros para os americanos, que o conduziram duas vezes à Casa Branca- sendo a segunda eleição marcada por suspeitas na apuração ainda, recordam?

No afã de tentar eliminar o terrorismo, Bush parou o país e suas demandas. Para retomar o comando do timão e evitar que o barco afunde, Obama vai priorizar reforma na infaestrutura do país e investimentos em alta tecnologia, em energia limpa, etc.

A partir de amanhã, o mundo se volta ainda mais para o centro do poder mundial, aguarda ansioso o anúncio das primeiras medidas, planos e ações de Obama. Assunto não faltará! E tem gente que prefere se deter a amenidades, como o vestido amarelo ouro usado pela primeira-dama Michelle. Convenhamos...


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

S.O.S: calamidade pública


Chove muito no nosso Alegre Porto. Quase 20 horas sem parar.
Com a chuva, vem ainda o vento. Forte, frio, abalável.
Nas ruas, o caos se impõe. O trânsito é caótico, ruas alagadas, tampas de bueiro escapam como peças de um jogo de botão.

O arroio triste que corta a Ipiranga quase ultrapassou seu limite de segurança e até árvores caíram por aqui.
Que choveria, ninguém duvidava. Calor intenso dominou a cidade nos últimos dias. O mormaço era tanto, que o deserto parecia se impor em pleno asfalto.

O sol, de tão forte, mais judiava do que alegrava.
Sempre gostei dele, me energiza demais, me acalenta. Faz com que me sinta ainda mais viva. No entanto, não lembro de ele estar tão forte como nesses dias. Mais queima do que irradia, amedronta até.

No último final de semana, assisti o anunciado O dia em que a Terra parou, cujo argumento havia me inspirado a escrever um dos primeiros posts desse blog, ainda no ano que passou. No filme, o inatingível Keanu Reeves é Klaatu, um extraterrestre que toma a forma humana para chamar atenção acerca da auto-destruição da Terra e da nossa direta colaboração contra o meio ambiente.

Não duvido que haja vida fora do nosso universo nem tampouco acredito que somos os únicos seres com “inteligência” por aí. Mas não sei até que ponto mensagens como a do filme ou apelos como os de Al Gore contra o aquecimento global e o terrível estado de saúde do planeta atingem seus objetivos.

Concordo que esse tipo de alerta é urgente, já que o aquecimento global está em um ritmo muito mais rápido do que o previsto, mas enganam-se os que pensam que ainda há tempo de evitar que o mundo entre em calamidade pública. Vivemos em plena calamidade! É só sair um pouco do conforto do ar condicionado do carro e pôr a cara para fora da janela!

Milhares de pessoas dormem embaixo de pontes, marquises e viadutos. Outras tantas encontram-se totalmente sem perspectiva, sem emprego, sem comida, sem dignidade alguma. Casos recentes? A guerra entre israelenses e palestinos. O cessar-fogo foi anunciado, mas essa crise não está nem de longe a ponto de acabar. Enquanto nos preocupamos apenas com a chuva e o vento, nos distanciamos ainda mais da raiz dos nossos problemas...

Chuvarada


O som da chuva me acalma
A água da chuva lava a alma
O vento, no entanto, espalha a água
Que aumenta a poça na calçada

Em dias de chuva, fico sonada
Os carros, imersos, submarinos
A vontade é uma só, teus beijos molhados
Que guarda-chuva nenhum de mim protegem

Quando pára a água o cenário é o mesmo
Escorrem traços de nós dois
Sozinhos, ao longe, tempestade
Unidos, fortes, calmaria
Nem os pingos da chuva nos atingem

A capa de plástico de nada adianta
umidade quente no corpo a secar
Os pés descalços na grama fria
São como dois peixes longe do mar

A chuva cessa, o mormaço retorna
Buzinas, sirenes, a vida a brecar
De volta à janela, o desejo é o mesmo
Que volte a chuva para me acalentar

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

“Qual caminho a senhora prefere?”


Seguindo a série das coisas que me tiram do sério, o assunto da vez são os taxistas. Nada contra os profissionais em si, cujo trabalho honesto e sua importância eu reconheço - principalmente naqueles dias de chuva incessante, nos quais só de ir até a parada de ônibus a gente parece ter saído de um lava-jato, e nas noites em que a Lei Seca nos impede de tomar aquela cervejinha recompensadora.

O que me estressa em relação a esses motoristas profissionais, na realidade, são duas situações. Uma, que eles geralmente esquecem de sinalizar quando vão dobrar em alguma direção. Não sei, já cheguei até a pensar que os carros vendidos para este fim pudessem vir sem tal mecanismo, tamanha quantidade de taxistas que insistem em fazer o que bem entendem nas ruas, pondo em risco a si mesmos, aos passageiros que conduzem e aos que trafegam. Acho que para alguns dessa categoria, a condição de “motoristas profissionais” é vista como uma capa de super-homem. Por isso, estão acima do bem e do mal, o que justifica o fato de poderem fazer o que bem entendem no trânsito.

Enfim, mas o que me motiva a relatar essa minha, digamos, inquietude, em relação aos taxistas é o fato dois, de que boa parte deles insiste em largar a seguinte pergunta, logo após o direcionamento do destino desejado: “qual caminho a senhora prefere?”. Pô, vamos partir do pressuposto de que o cara está pelo menos metade do dia dele nas ruas, que conhece melhor do que eu atalhos, vias para fugir de congestionamentos, etc. Então pra que perguntar, caramba! Deveria ser honesto, fazer o caminho mais curto, entrar mudo e sair calado e era isso!

Mas não, além de perguntar isso, dá umas duas opções complicadíssimas, as quais nunca consigo entender, e, geralmente, acaba fazendo um roteiro maluco, que me faz perder tempo, paciência e dindin! Ontem, por exemplo, foi a gota d’água pra mim. Meu carro estragou, tive de buscar na oficina no fim da tarde. Saí atrasada da Duque, pra ir até a Baroneza do Gravataí, ali, uma travessinha da Aureliano... bem perto.

Entrei no táxi e, para facilitar com o motorista e não dar o nome da rua, que ninguém conhece, disse assim: “Moço, eu quero ir na primeira ruazinha que corta a Aureliano, após a Praia de Belas. O senhor desce a espírito Santo, pega a Washington Luiz e faz o balãozinho na rotatória que vai pro Gasômetro, depois do Centro Administrativo”.

Pô, mais barbada que isso, só eu pegar a direção pra ele dormir, né? Enquanto o tráfego ia, aproveitei os minutinhos para fazer umas ligações e me distraí... quando vi, ao invés de pegar a Washington Luiz, ele pegou a Demétrio. Ta, tudo bem, ainda dava pra salvar o trajeto, indo pela Borges e entrando no desvio da Igreja Pão dos Pobres e entrando à esquerda no acesso à Praia de Belas. Relaxei.

Mas não!!!! Ele fez a volta na Borges, como se fosse pegar a Ponte de Pedra e quando vi, tava na Travessa do Carmo. Putz, não adianta dar o trajeto, não adianta! Dali já atrapalhou tudo, me atrasou no engarrafamento da José do Patrocínio e, como resultado, tive eu que dar a ele o caminho, que me deixou do outro lado da Aureliano, fula da vida e atrasada!

Na hora de pagar, ele me diz assim: “A senhora me desculpe, mas não conheço nada pra esses lados”. AH, pára! Então se informa, pra poder trabalhar, ou ouve os passageiros, caramba! Que dificuldade!! A corrida, em si, não saiu nem 8 pilas, mas me tirou do sério... e olha que costumo ser calma...

Na boa, taxista desinformado ou perdido me irrita mais do que taxista entrão, que pergunta demais ou até dos metidos a Don Juan, que acham que vão ter êxito cantando a passageira... haja paciência!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Livro higiênico ou papel livro?


A Wikipédia define:


Papel higiênico é um tipo de papel fino utilizado na limpeza íntima após as evacuações. Pode ser perfumado ou não, e costuma ser vendido em rolos. Antes de sua invenção, que data do século XIX, as pessoas costumavam fazer a sua limpeza com folhas de alface, água e por vezes sabugos de milho. Diz-se que o papel higiênico foi inventado na China, em 875, mas a invenção também já foi atribuída ao americano Joseph Gayetty, de Nova Iorque, que a teria concebido em 1857.

Pois bem, se tem uma coisa que me tira do sério é papel higiênico de banheiro público. E não estou falando de qualquer banheiro público, mas, por exemplo, o da Assembleia (agora sem acento!) Legislativa, o qual freqüento diariamente, o do hospital (particular!) Mãe de Deus – que, infelizmente, tive de testar na semana - e os de shoppingcenter, geralmente.

Não bastasse o constrangimento de ter de pôr o nosso rico popozinho num banheiro qualquer, perco as estribeiras quando começo a puxar o papel - aquele tradicional, uma variação entre lixa, pedra pome e papelão – e ele rasga, de tão bagaceiro!

Tento mais uma vez e tsc, fico na mão com uma lasca que não dá pra secar nem uma lágrima. Mais uma meia dúzia de tentativas até eu ter que, evocando o Dalai Lama, sustentar o papel delicadamente com uma mão e, com a outra, rasgar um pedaço decente para uso. Nossa, tem que ter técnica até para usar o papel higiênico!

O que me irrita é saber que os burocratas, geralmente masculinos, que autorizam com suas canetas Mont Blanc a compra de materiais para uso coletivo, como o papel higiênico, não fazem idéia de como essa economia burra sai mais caro. Sim, porque nas inúmeras tentativas de conseguir usar o papel, a gente acaba rasgando alguns centímetros e centímetros... sem contar a irritação que esse exercício de paciência causa na mulherada.

Meu pai também tinha essa horrenda mania de economizar no papel que a gente usava em casa. Claro, ele não passava nem 10 horas em casa, nem usava papel, tava, literamente, se lixando para a marca ou a aspereza do papel que as três mulheres da casa, mais a empregada, e o meu irmão usavam em casa. Mais um exemplo da economia boba!

Poxa, papel higiênico tinha que ser artigo considerado nobre. É essencial, é quase vital. Poderia, por isso mesmo, ser melhor valorizado nos almoxarifados, considerado artigo de primeira grandeza. Não acham? Ou vai me dizer que ainda estão naquele tempo do “não faz mal, não faz mal, limpa com jornal”? D-U-V-I-D-O!

Lembro de ter lido uma vez que uns artistas espanhóis inventaram, mesmo que por brincadeira, o papel higiênico literário, o que dava um componente moderno e ainda mais útil ao velho hábito de ler no banheiro. No caso do papel catalão, a idéia havia sido comprada por uma empresa, que lançou rolos especiais, nos quais apareciam impressos clássicos da literatura mundial para, digamos, entreter o usuário durante o tempo de permanência no banheiro. Não parece uma boa idéia???

Se não em engano, na época, os rolos eram vendidos a poucos euros e o “leitor” podia escolher não só os textos, mas também a cor do “livro-higiênico”. A empresa ficou até famosa...
Quem sabe não tasco essa sugestão para as ouvidorias da Assembleia, do Mãe de Deus e de algum shopping?

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sol, sol, sol ...


Tá certo que hoje, com essa chuva providencial, o Forno Alegre tá até brando. Mas, cá pra nós, o que tem sido esses calorões???? E o sol então? Cinco da tarde parece meio-dia... esses dias desci da Assembléia até a Caldas Junior depois das 17h e minha cabeça parecia uma frigideira, de tão quente.

Na praia, então, o sol escaldante chega a fazer a gente passar mal. Agora, li no Estadão que o calor extremo pode virar regra em 2100. Que o clima nas próximas décadas vai esquentar, a gente já sabe. Culpa nossa, os humanóides espertos, que intensificaram o aquecimento global graças ao maravilhoso acúmulo de gás carbônico na atmosfera.

Um estudo publicado hoje na revista Science diz que até o fim deste século as temperaturas médias no verão poderão ser mais altas do que as máximas registradas nos anos mais quentes do século passado. Imaginou????É câncer de pele a rodo, desidratação, pressão nas alturas, impacto da estiagem nas lavouras e a qualidade de vida da gente? Pras cucuias... Sem contar, pensem, que os países tropicais, like us, serão os mais atingidos. Já temos as temperaturas mais elevadas, vamos nos sentir em pleno sertão nordestino aqui na terrinha! Bahhhhh!

No estudo, o pesquisador americano diz que há uma probabilidade de mais de 90% de que as temperaturas recordes de hoje sejam as médias de amanhã em grandes áreas dos trópicos e subtrópicos – onde, ÓBVIO, estão as populações mais pobres, mais dependentes da agricultura e, consequentemente, mais vulneráveis.

Efeitos desse aquecimento já atingiram Santa Catarina, agora Minas, onde isso tudo vai parar???? Muda tudo, né? Viram o frio na Europa???

Nunca fui muito cuidadosa com o sol, mas ando com medo, Demais! É protetor 50 no rosto, 30 no corpitcho e era isso! Vamos lá, sunblock na veia!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Férias mentais


Depois de três anos sem férias, juntei uns dias entre Natal e Ano Novo e consegui – embora não por completo, já que existe a praga do telefone funcional – me desligar do mundo do trabalho. Um pouco de sol, barulho do mar, alimentação saudável e companhias pra lá de agradáveis foram essenciais para que meu cérebro também entrasse em férias, sem receber nenhum tipo de informação que me atualizasse sobre o mundo.

Jornal, não li. Tv quase não assisti e internet nem existiu nessa minha providencial parada. Nem os congestionamentos inimagináveis no retorno das férias pareciam capazes de estragar meu bem-estar e a onda zen que tomou conta de mim. No entanto, dois dias de volta à labuta bastaram para que eu me tornasse irritadiça, tivesse um sono agitado, dores pelo corpo e muita, muita preguiça.

Pronto! Engordei as estatísticas.. as férias acabaram e me deu um um cansaço profundo... será que estou com depressão pós-férias????

Brinquei comentando isso com os colegas mais próximos e não é que descobri que a tal doença existe! Existe e a cada ano atinge 35% dos trabalhadores de todo o mundo!!!

Esse tipo de depressão foi detectada por pesquisadores espanhóis da Universidade de Valencia e é encontrada mais facilmente em jovens, mulheres e crianças. A síndrome é considerada uma depressão clássica e não necessita de tratamento, já que não dura mais de uma semana. UFA!!!!

Pesquisando no fantástico mundo do Google, decobri que existe ainda a chamada Síndrome do Lazer. Só que essa atinge os workaholics (cerca de 5% da população) e é identificada pela presença de crises de ansiedade, angústia, dores de cabeça ou musculares, náuseas e fadiga quando estão em férias, durante feriados e finais-de-semana. AHAM!

Desse mal, eu não sofro! Adoro me sentir produtiva, trabalhar, mas já faz tempo que percebi que vender ou acumular férias tem apenas um fim: danos à minha saúde mental! Ser workaholic pode ser um vício, uma compulsão, e a compulsão nunca é saudável.

Quantas pessoas você conhece que só falam no trabalho? Que não conseguem relaxar ao sair daquele ambiente e que voltam do final de semana cheios de idéias “brilhantes” que tiveram para aplicar ma empresa??? Por favor... Quem me prova que ser workaholic é ser mais produtivo? Como uma pessoa que deixa sua vida pessoal, afetiva, familiar e social em segundo plano pode ser feliz e saudável?

Os especialistas sugerem aos trabalhadores adotarem hábitos saudáveis e até pequenos momentos de relaxamento durante o expesiente. No meu caso, alimentar o blog tem sido uma verdadeira válvula de escape. Dar uma olhada na janela para ver o sol, uma caminhadinha pelo corredor ou até uma ida ao banheiro para fazer um alongamento também podem ajudar a atingir as tão sonhadas férias mentais.

Embora eu ainda tenha muito a aprender e a avançar nesse sentido, acredito que o trabalhador ideal é quele que consegue compartilhar bem seu tempo entre o trabalho, o lazer, o corpo, a mente, a família e os amigos. Já comecei a me planejar para atingir essa meta!
E ainda faltam 3 dias para acabar a semana...