quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

E que venha 2010!


Ultimamente o meu excesso de trabalho está travando uma luta quase que diária com a minha inspiração. Durante o dia me vêm várias idéias de novos posts, alguns insights que acabo não anotando, certa de que serão transformados em catarse mais tarde e quando me dou conta, puft, sumiram da minha cabeça. O que era mesmo?

Hoje lembrei que o ano passado, entre minhas resoluções para 2009, trabalhar menos e cuidar mais de mim ocupavam o topo da lista. Adivinha se fiz alguma coisa pra melhorar isso? Deixei um dos dois empregos que acumulava, nem reclamei por ter perdido um frila, mas me afundei tanto no atual trabalho que sobrou muito pouco tempo pra cuidar das minhas coisas. Resultado disso? Casa e vida bagunçadas, zero de atividade física, menos lazer do que eu gostaria e muito, muito cansaço.

Não estou me queixando, nem devo, mas é pedir muito ter um tempinho pra mim, pra namorar, jogar conversa fora, arrumar um armário? As perspectivas para 2010, ano eleitoral, são de triplicar essa correria e assim deve ser, mas pela primeira vez não me sinto disposta a encarar essa bronca com serenidade. Me sinto cansada, irritadiça, e com uma forte e enjoada tendência para a rabugice.

Como os planos não devem mudar, estou torcendo para que consiga ter o final de semana tranquilo de folga e de descanso, pelo menos, e com direito a banho de mar para exorcisar as energias negativas e começar 2010 renovada para encarar o tirão!

A todos vocês, um excelente ano novo, repleto de sucesso e alegrias! E que ano que vem venha carregado de novos posts!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vacina contra a má educação?


A falta de simancol de algumas pessoas tem me irritado ao extremo. Agora mesmo, ao subir no elevador, fui praticamente arremessada para um lado por uma mulher totalmente sem noção, que, aos gritos, tentava chamar a atenção de uma outra do lado de fora e, não satisfeita em gritar naquele cubículo cheio de gente, quis ainda se fazer notar pela amiga jogando o corpo todo para o meu lado.

Acham que se deu conta de que havia me prensado, que quase me deu uma bolsada ou que estava sendo pra lá de inconveniente? Nãnãnãnãnina. Nem se intimidou e seguiu gritando. Aliás, deveria haver um código de conduta para quem utiliza o elevador. Excesso de perfume, - 3 pontos. Falar ao celular no elevador, - 2 pontos. Puxar assunto com o desconhecido que está ao lado, - 4 pontos. Soltar pum nem está em cogitação!

Mas voltando à falta de simancol, tem gente que não se toca mesmo. No trânsito tem os que vêm cortando a torto e a direito. Fazem verdadeiro ziguezague pelas ruas, não têm educação alguma, trancam cruzamentos, esmagam outros carros e nem se incomodam ao serem repreendidos ao tentar chegar um pouco na frente a um mesmo destino. Os que jogam lixo pela janela do carro então são os campeões da falta de noção. E não pensem que essa extrema falta de educação é exclusividade de pessoas mais humildes não... geralmente são motoristas de carrão importado que jogam papel e toco de cigarro pela janela.

No ônibus a falta de educação impera também. Homem criado ceder lugar pra mulheres ou idosos, nem pensar. Já homem criado se esfregando na gente é o que mais tem, que nojo! E a falta de asseio? Poxa, país tropical, sol, calorão... um banho diário, um desodorante e um perfuminho não fazem mal a ninguém, certo? Tem gente que nem sabe o que é isso.

E os fumantes, então? Ganham -5 no quesito educação. Primeiro, por exporem os outros àquela fumaça indesejável. Segundo, por jogarem cinza e toco de cigarro nas ruas e por onde andam. O que mais me irrita ainda, além de fumante que fuma em banheiro público, é fumante que sai caminhando pela rua e nem tá com quem vem atrás. Quer fumar? Okay. Mas dá uma pardinha! As pessoas que tão atrás não precisam ficar expostas ao cheiro desagradável.

Casos de falta de educação alheia dão para encher páginas e páginas desse blog. Na realidade, a falta de educação é quase como uma praga, uma erva daninha, uma epidemia. Tomara que inventem uma vacina...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Consciência queimando?


Coincidências ou fluxo das coisas, enquanto ambientalistas do mundo inteiro discutem as mudanças climáticas na conferência da Dinamarca, os gaúchos passam frio em pleno dezembro e as chuvas matam em São Paulo, para falar das realidades mais próximas a mim. Pois hoje leio que um estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado lá em Copenhague afirma que o aquecimento global segue avançando e que a ultima década já é a mais quente da história.

Disso, não tenho dúvidas, e nem preciso ser especialista em meio ambiente para constatar que o sol está queimando mais, que o câncer de pele é sim um dos males mais silenciosos do Planeta e que um revertério climático de conseqüências continentais está em plena expansão. As chuvas não vêm mais de passagem, alagam cidades. Os ventos não são mais de refresco, mas sim de devastidão. As geleiras não mais protegem por tanto tempo devido à pressa do derretimento. O sol não apenas acelera a fotossíntese, fortalece ossos e nos dá energia, mas queima como nunca antes e transforma paisagens tropicais em novos e áridos desertos.

Os dados divulgados pelo mundo através da OMM também dão conta de que o ano de 2009 será, provavelmente, o quinto mais quente já visto na Terra, com temperatura 0,44ºC superior à média mundial dos últimos 30 anos, cerca de 14ºC a mais. Como exemplo mais próximo, esse ano já foi considerado o de outonos mais quentes da história do Sul do Brasil e de temperaturas acima de 40ºC na região central da Argentina, fatos antes inimagináveis, certo? Mas em nações mais distantes, como a Índia, houve ainda registro de onda de calor causando morte de centenas de pessoas em maio e a China registrou temperaturas de verão carioca no mesmo mês.

Claro que há explicação para tudo isso e a ação do El Nino (aquecimento anormal das águas equatoriais do Oceano Pacífico) é uma delas. Mas que a ação do homem contra a natureza tem colaborado negativamente para essas estatísticas, não há duvidas.

De certo é que ninguém pode se dizer surpreso diante das estatísticas de que o aquecimento tem superado, em muito, o que esperaríamos dos fatores naturais. Resta fazermos um exame de consciência e pensarmos o que devemos fazer individualmente para minimizar os danos causados à natureza e o que podemos esperar e cobrar dos nossos políticos, em pleno ano pré-eleitoral, nesse sentido. A consciência, além de pesar, começa agora a queimar...