quarta-feira, 29 de abril de 2009

Medidas (DES) moralizadoras


Não quis entrar na interminável e absurda discussão acerca do escândalo das passagens aéreas dos deputados federais. As coisas começaram erradas no Congresso desde sempre e a impressão que tenho é de que a tendência é piorar. Isso sem entrar aqui no mérito da farra do Senado, que deve ser beeeem pior.

Pois bem, como se não bastasse o fato de os políticos eleitos legitimamente pelo nosso voto direto (será que eles lembram disso?) esquecerem do bem comum e “legislarem” em causa própria (ou das esposas, filhas, parentes, babás), ontem a Mesa Diretora da Câmara resolveu dar cabo das discussões sobre o mau uso das passagens aéreas com um ato administrativo que tornou as regras mais rígidas.

Até aí tudo bem, parecia até que conseguiríamos ver uma luzinha brilhante no fim do túnel. No entanto, a tal reforma administrativa anunciada como um bom presságio acaba é por abrir caminho para se conseguir um aumento salarial para os deputados.

Tudo porque haverá corte de benefícios, mas, em contrapartida, os deputados acabarão aprovando a necessidade de aumentar seus vencimentos para, assim, tentar equipará-los ao sonhado salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje de R$ 24, 5 mil. Claro que os nobres parlamentares temem um desgaste político ainda maior com a nova medida e, por isso, deverão aprovar agora apenas o pacote de corte de gastos da Câmara, deixando o aumento de salário provavelmente para 2011, quando já tiver passado a eleição e tantos deles obtiverem êxito em suas reeleições.
O que muito me espanta, e não sei por que ainda me espanto, é a “preocupação” dos integrantes da Mesa Diretora da Câmara em construir uma reforma que adote medidas (des) moralizadoras, mas que, ao mesmo tempo, não provoque uma rebelião parlamentar. Principalmente porque a fragilidade da imagem da Casa e do Parlamento como instituição, seriamente abalada pela enxurrada de denúncias e o péssimo uso da verba pública, é demasiada.

Agora é aguardar para ver se a dita “reforma arrojada” realmente sairá do papel, como tanto sonha o corregedor da Câmara, ACM Neto. Siiim, o nobre corregedor é nada mais nada menos do que o neto e mais um herdeiro político do finado Toninho Malvadeza!!!
Entre as medidas propostas pela Mesa, e que devem entrar em vigor hoje, incluem-se a limitação de viagens só para deputados e assessores, a redução de 20% nos valores, a proibição de emissão de bilhetes para o Exterior e a prestação de contas na internet.
É, já foi-se o tempo em que transparência e economia de recursos eram consideradas regras do processo políticos. Hoje, para serem aplicadas, precisam ser pontuadas quase como exceções. Haja voto no ano que vem!!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Eu me amo porque


Queridos e queridas! Pela primeira vez na minha vida participei de um concurso, promovido por um blog que adoro, o http://www.3xtrinta.blogspot.com/, e não é que ganhei?

O desafio era escrever um texto que começasse com a difícil e egocêntrica frase “Eu me amo porque...”. Quase queimei os poucos neurônios que me restam, mas mandei minhas vitoriosas linhas, que agora compartilho com vocês. Agradecimentos ao Alvaro e à Veca, que me incentivaram. bjs!
E olhem lá no blog 3X30 o textinho publicado!!!
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Eu me amo porque
Eu me amo porque aprendi a me permitir. Me permitir dizer não, trabalhar menos, cuidar mais de mim, perder tempo comigo mesma e, acima de tudo, porque aprendi a gostar de mim exatamente do jeito que sou.

Eu me amo porque passei dos 30 e me aceito com corpinho de 30, cabeça de 30, celulite de 30 e felicidade de quem ainda tem muito a vivenciar.

Eu me amo porque sei o quanto vale a pena trabalhar no que se gosta – mesmo que isso implique em receber um salário inversamente proporcional ao seu talento -, estar cercado de amigos que realmente fazem a diferença e porque hoje dou valor ao amor incondicional que recebo da minha família.

Eu me amo porque amadureci com meus erros, superei desafios, vi a morte de perto e porque dou risada das dificuldades que aparecem. Eu me amo porque não preciso me esforçar para manter o sorriso no rosto, porque não ligo para as primeiras rugas e porque encontro beleza inclusive nas minhas imperfeições.

Eu me amo porque respeito meus sentimentos, humores e neuras. Porque sei que o mau humor matinal dura pouco, que a TPM há de passar, que aquela dieta da moda não vai me pegar duas vezes e porque sei que não vou morrer se não comprar aquela roupa nova.

Eu me amo porque faço planos, tenho sonhos e me esforço para realizá-los.
Eu me amo porque não tenho mais vergonha de chorar na frente dos outros, de compartilhar com os que merecem, de amar e ser amada. Porque sei dar o braço a torcer, reconheço quando perdi uma batalha, mas nem por isso rejeito um novo combate.

Eu me amo porque tenho paz de espírito, sono tranquilo e saúde. Me amo porque não me deixo abater por pouca coisa, porque sei que a inveja é uma merda e que a saudade faz parte.
Eu me amo porque hoje sei dar valor ao barulho da chuva, ao colorido das flores, à energia do sol, ao cheiro da maresia.

Mas me amo, acima de tudo, por compreender que o que vale é a simplicidade, as pessoas que estão ao meu redor e o presente, que me faz dividir com vocês um pouco das minhas divagações!


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tem dia que nem o mantra me salva


Quem me conhece sabe que sou quase um Dalai Lama de tanta paciência – com exceção daquele período traumático logo após acordar e durante a TPM. Mas, ultimamente, não consigo me controlar em relação à quantidade de gente sem ter o que fazer e sem noção que cruza o meu caminho. Seja no trabalho, no elevador, na parada de ônibus, no supermercado. As pessoas parecem que cismam comigo.

Não sei se é porque tenho essa cara de certinha, mas, convenhamos, tem dias que a impressão que me dá é a de que eu tenho uma placa escrito CHAMA LOUCO em néon rosa-choque cravada na testa! Não é possível! Em dia como esses, como hoje, a vontade que tenho é de evocar aquele personagem do Michael Douglas no filme Dia de Fúria e sair fazendo tudo o que tenho vontade.

Xingar quem eu tenho vontade, responder com tolerância zero ou simplesmente mandar catar coquinho e ver se eu to na esquina. Ai gente, por favor, às vezes to no meio dum texto complicado e pá, um chama louco aparece. Não consigo passar indiferença, sabe, tento atender as pessoas com a melhor das intenções, mas tem uns abusos...

Esses dias apareceu um senhor, de aparência bem humilde, quase na hora de eu encerrar o expediente e pediu pra fazer uma ligação. Ok, parei o que tava fazendo na correria, louca pra ir embora, e fiz a ligação. Pediu outra. Ok. Pediu pra mandar um fax. Beleza. Ommmmmmmmmmm. Mas aí ele não se conteve e pediu mais uma ligação. Ah não, não deu. Expliquei que tava atrasada e que já tinha feito o possível. Não dá, vou virar telefonista de louco agora?

Ah, não dá. Outro dia eu sozinha, cheia de coisa pra fazer, o telefone tocando a torto e a direito e um cara todo metódico vem querer me convencer de que é jornalista e que faz trabalhos para alguns parlamentares, etc e tal. Daqueles que mentem pra mais de metro... eu sabendo que era baita falcatruagem e tendo que dar atenção... ai, não tenho mais saco. O pior é que cruzo com ele, volta e meia, pelo prédio, na sua peregrinação diária em busca de alguém disposto a ouvi-lo.

Como se não bastasse, teve ainda a história da velhinha toda arrumada que chegou a chorar pedindo que ajudasse ela a recuperar a casinha perdida, onde cuidava de mais de não sei quantos cachorros ou das dezenas de pessoas que chegam pedindo passagem pro Interior, comida, emprego.

Mas os melhores foram ontem: um evangélico tentando me catequizar e um senhor, todo serelepe, que veio apenas dar uma benção em nome de São Jorge! Gente, não riam, não é brincadeira! É sério... e eu não posso nem rir...
Por isso ando craque no mantra...OMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!

“Nada humano me é alheio”


Não resisti em repetir o assunto. Agora li que o reprodutor Lugo pediu perdão pelo “escândalo provocado”. Lá no Paraguai, ele está sendo chamado de Lugaucho, mistura de Lugo com macho (no espanhol, gaúcho) e é, sem dúvida, responsável por projetar o pobre Paraguai para além das fronteiras latino-americanas.

Imagino a crucificação pública a que ele deve estar sendo levado no país que governa, a indignação da Igreja, dos grupos em defesa das mulheres e ainda o burburinho, principalmente entre os eleitores homens, que devem estar comentando o acerto de terem votado em um candidato “macho”.

A dimensão que a notícia tomou está de acordo com a gravidade da questão, salvo aqui qualquer falso moralismo. Imaginem se fosse aqui na terrinha... um presidente com três denúncias de paternidade, feitas por três mulheres diferentes??? E ainda ex-bispo?

Mas gostei do desabafo de Lugo, em pleno Palácio de Governo, o qual reproduzo aqui : “Com relação aos acontecimentos que são de público debate, que tem a ver com informes de paternidade referidos à minha pessoa, quero expressar o seguinte: sou um ser humano e por tanto nada humano me é alheio”, afirmou. O presidente complementou ainda: “Quando a verdade nos acompanhe plenamente, verão a esse presidente como um pai disposto a multiplicar afetos e cuidados”. Mazááá!

Pelo que se especula, dois dos filhos teriam sido concebidos ainda quando Lugo era bispo. Até agora, o presidente assumiu apenas uma das crianças. E ainda surgiu um terceiro atribuído a ele. A fofocaiada é tanta, que uma versão do escândalo de alcova paraguaio já fala da existência de uma lista de seis outras mulheres que ainda vão reivindicar a paternidade dele sobre suas crianças. Haja pensão!

À medida que os escândalos de paternidade em série se alastram, vem ainda o contragolpe da oposição, que prepara uma ação criminal contra Lugo por estupro. O vice-presidente, o liberal Federico Franco, já ameaçou até romper com o presidente. Pelo jeito, só resta a Lugo evocar suas antigas crenças e iniciar uma novena de proteção...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O presidente fenômeno e reprodutor


Gente, e o presidente Lugo??? De bispo passou a reprodutor de elite, daqueles dignos de fazer sucesso na Expointer, hein? O caso é muito simples. O pensamento retrógrado da Igreja Católica exige o celibato e, por conta disso, faz surgir milhares de freis, padres, bispos que saem por aí, fornicando e engravidando seguidoras.

Mas a história de Ligo é engraçada porque a cada dia aparece um casinho e pá, um filho pra reconhecer. De um da semana passada, hoje oficialmente fala-se em três. E hoje, o primogênito, Guillermo Fernando, de 2 anos, teve o sobrenome do pai acrescentado ao seu nome, por decisão da justiça paraguaia.


O menino, fruto do relacionamento de Lugo com a jovem Viviana Carrillo, de 26 anos, teve a paternidade reivindicada pelo presidente do país. Segundo a própria Viviana, o caso com Lugo começou quando ela tinha 16 anos e ele ainda era bispo. Na semana passada, Lugo surpreendeu a todos, ao admitir em ato público no Palácio do Governo que o menino era seu filho e ele o assumiria. O reconhecimento gerou uma polêmica, totalmente com razão de ser, acerca do celibato.


Na segunda-feira, apareceu mais uma ex-companheira e um filho a ser reconhecido pelo presidente paraguaio. Benigna Leguizamón, de 25 anos, denunciou que seu filho de 6 anos, chamado Lucas Fernando, nasceu de uma relação com Lugo.


Ontem, foi a vez da professora Damiana Morán, de 39 anos, revelar que seu filho de um ano e quatro meses também é do presidente. E a frase dela foi tudo: “Somente quero que se saiba a verdade. Me apaixonei por Fernando (Lugo) porque como homem é um fenômeno”. Ta explicado, el nuevo fenômeno! Alguém duvida?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Andar na linha?


Entrar em crise existencial é um direito de todos, ainda mais nesta corrida maluca a que chamamos de vida. Quando ela chega, a tendência é reforçarmos, de uma hora para outra, todas aquelas dúvidas que deixamos passar despercebidas no decorrer da vida, mas que, de repente, parecem ser fundamentais para guiar cada um de nossos próximos passos.

Quem realmente sou? Ou quem quero aparentar ser? O que estou fazendo aqui? O que quero fazer da minha vida? Em algum momento da nossa trajetória, todos caímos diante dessas questões, mas o que não podemos é nos paralisarmos diante delas. Na realidade, se pararmos para pensar veremos que pouquíssimas pessoas podem, nesse mundo louco, se dar ao luxo de apertar a tecla pause e dedicar um tempo a repensar a vida diante desses questionamentos.
Somos cobrados desde pequenos a agir de uma forma, a “andar na linha”, seja lá o que isso represente. Homens são educados para trabalhar e forma uma família, enquanto as mulheres crescem aprendendo que terão de se dividir entre profissão, casamento, filhos, marido. E os que fogem dessa linha muitas vezes são mal interpretados, mal falados, subjugados.

O mais curioso é que muitas vezes fugimos desta “forma correta” justamente para não termos de nos enquadrar nos paradigmas impostos. Daí, a crise passa a ser encontrar justificativas para não vivermos nos padrões considerados normais. Haja cérebro!

Na verdade, acho que a crise existencial nos acompanha até o fim dos nossos dias. Se formos nos conformar, que graça terá? O que acontece é que alguns se dão conta de que o tempo passa enquanto estamos em stand by, resolvendo para que lado correr, e tomam uma atitude, enquanto outros se deixam abater pela crise e se petrificam.
O tempo urge, o negócio é se mexer porque a vida passa rápido demais!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão?????


Ontem, voltando do feriado pela estrada, ouvi até meu destino um CD tirado do fundo do baú, uma coletânea ótima do Legião Urbana (Mais do Mesmo, 1998), que me fez pensar- e muito. Primeiro sobre a genialidade do Renato Russo, seu timbre, suas letras e a qualidade dos músicos que formavam a banda, ainda, sem dúvida, uma das melhores da história do rock brasileiro.

Fiquei pensando que é uma pena que centenas de jovens nem saibam quem foi Renato Russo ou o Legião e o quanto estão perdendo. Também fiquei com vergonha só de lembrar da falta de qualidade das bandas que emergem diariamente no cenário nacional e, pior, fazem sucesso, vendem CDs e entopem os ouvidos da gurizada.

No entanto, o que mais me chamou a atenção foi o poder das letras das canções do Legião. Seja as que falam de amor, as que retratam o víeis depressivo do autor e, principalmente, as mais críticas, como a excelente Que país é este, lançada em 1987. Além do saudosismo, me bateu um pavor quando me dei conta que a música está por completar 22 anos. Vinte e dois (!), caramba, e está mais atual do que nunca, o que é triste.

Em mais de duas décadas muita coisa mudou, com certeza, mas, como diz o primeiro verso da música, Nas favelas, no Senado, Sujeira pra todo lado...”. É vergonhoso ter de admitir que mesmo com a redemocratização, a eleição de um “trabalhador” para a Presidência, a estabilidade da moeda, o quadro, no geral, não sofreu tanta alteração assim.

Nesse tempo todo, a política continua dando desgosto para o pobre brasileiro, otimista de nascença, que não desiste nunca. Caiu o primeiro presidente eleito pós-ditadura, reelegemos pela primeira vez um novo, intelectual e com cara de benfeitor, até o trabalhismo lograr êxito. E aí, para quem achava que a justiça seria feita, pimba, veio crise em cima de crise, é mensalão, é trato com empreiteiro, é lobby nas telecomunicações, é bolsa-fome distribuída até pra quem não passa fome, ...“mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão”, já dizia Renato Russo.

Costumo sempre evocar a Polyanna Moça- aquela menininha otimista dos livrinhos pré-adolescentes da Eleanor Poter- e manter meu otimismo sempre, mas confesso que pensar na música e sua atualidade tamanha, me deixou com medo... não do que virá, mas do presente. Toc,toc, toc, mangalô três vezes!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Welcome morangão!


Esses japoneses têm cada uma... em plena crise financeira mundial, um agricultor japonês está se gabando de ter desenvolvido uma variedade nobre de morango. A fruta, que já vem sendo chamada de “morango gigante”, tem 8 cm de altura por 6,5 cm de largura e pode variar de US$ 100 a US$ 500 cada.

Além do tamanho diferenciado, dizem que o morangão japonês tem uma cor vermelha mais intensa, é cerca de 50% mais doce dos que os frutos comuns e até três vezes mais pesado. O objetivo do agricultor é alcançar, no ano que vem, a produção de morangos que cheguem a 100 gramas contra os 91 gramas registrados nesta colheita inicial. Só para comparar, os moranguinhos normais, que compramos em feiras e supermercados por aqui, chegam a pesar 28 gramas em média.

Em japonês, o morango foi apelidado de “bijinhime”, traduzido em portugês como “bela princesa”, devido à definição de seu criador, que diz que quem comer o fruto “se sente como uma princesa, linda e especial”. Eu que tenho o morango como minha fruta preferida e estou longe de ter antecedentes nobres, estou curiosíssima pra ver o morangão, que ainda não está à venda. Pena que não tenha achado foto dele nas agências.

O agricultor, que cultiva morangos há 30 anos e há dez tentava produzir a variedade extra large, espera colher até 500 caixas da nova variedade. A idéia é vender embalagens de no máximo cinco unidades de 80 gramas cada. Se os morangos chegarem a pesar mais de 90 gramas, serão vendidos por unidade. Os planos do agricultor são de começar a comercializar o produto só em 2010, e apenas pela internet, já que a colheita deste ano foi toda utilizada para fazer publicidade. Pelo jeito, a estratégia deu certo!

No Japão, frutas são caríssimas e algumas das que estamos acostumados a comer são vendidas por lá a preços exorbitantes, muitas vezes equivalentes ao de jóias, já me disse uma amigona que reside lá do outro lado do mundo. Um melão, por exemplo, sai por cerca de US$ 300 e a manga pode ser vendida por até US$ 160. Um pé de morango comum costuma produzir cerca de 50 morangos por temporada. A expectativa é de que a variedade do “bela princesa” não ultrapasse os 20 frutos por temporada.

Moranguete assumida, estou aguardando ansiosa pra ver a novidade ao vivo e em cores!