segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tudo novo- de novo!


Me dei conta que hoje inicia a última semana do ano e como nunca, nunquinha tive paciência para fazer balanços do ano que passou nem tampouco resoluções que não passam da primeira linha sobre o ano que virá, parei um pouco pra pensar em coisas que eu gostaria muito de realizar em 2011. Todas, por ora, não passam de ideias sem planejamento concreto, algumas, porém, mais presentes e recorrentes nos meus desejos do que outras.

Pela primeira vez em décadas encerrarei o ano sem certeza do meu futuro profissional, mas nunca me senti tão comprometida com a minha felicidade. Trocar o certo pelo duvidoso pode ser arriscado, dirão alguns, mas voltar a ter prazer com o que se faz, ter um tempo extra para desfrutar consigo mesmo ou sentir-se de alguma forma reconhecido não têm preço. Fecharei 2010 com esse gostinho, de reviravolta momentânea e com esperança de que eu possa encaminhar meu 2011 pelo mesmo rumo.

Para o ano que virá, desejo tempo e concentração para ler mais; persistência para manter uma atividade física com regularidade; condições para viajar a lazer; sorte, paciência e bolso para achar um cafofo pra chamar de meu; disposição para voltar a estudar e a me dedicar a alguma coisa que realmente faça a diferença pra mim – e não apenas para os outros!

Aproveitar mais e me dedicar menos aos outros é a lição que fica deste 2010, que foi exaustivo, mas de muito aprendizado. Se posso prometer alguma coisa por enquanto é que farei das tripas coração pra não me sabotar e pensar em mim, e somente em mim, em primeiro lugar.

Termino o ano seguindo à risca o que almejo para o meu futuro. O desafio, sei bem, será aplicar a teoria à prática nos 12 meses que virão pela frente, mas quem disse que não estou preparada pra isso? Um bom final de ano a todos os que acompanharam minhas mal traçadas linhas ao longo de 2010 e um novo ano repleto de saúde e conquistas!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poderosa adaptação



Nas três últimas semanas uma mudança de emprego fez com que me desse conta de que a capacidade de adaptação é, sem sombra de dúvidas, uma das principais qualidades do ser humano.

Por obra do destino acabei caindo em um local onde reina o silêncio, onde as pessoas mal se falam e onde até um simples espirro passa incólume ao grande grupo. Não preciso nem dizer que os primeiros dias foram extremamente difíceis e que a minha vontade era de soltar um uivo no meio da sala, só pra ver se alguém esboçava alguma reação.

Sou uma pessoa tranquila, na minha, mas não estou nada habituada a ficar horas calada, nem tampouco tenho vocação pra Dalai Lama. Cheguei à conclusão de que o silêncio decorrente me tira do sério! Até me irrita! Pronto, falei.O mais engraçado é que estou em uma redação, divido a sala com outros nove colegas que, assim como eu, fizeram Comunicação Social. Entendem a gravidade disso? Comunicação- o que menos se faz aqui onde estou!

Enfim, foi percebendo isso que me dei conta dessa fantástica capacidade que temos de adaptação, de adequação. Três semanas passaram e posso até dizer que me habituei, mas sem me acostumar, porque aí já seria demais!

Não é a primeira nem será minha última mudança profissional- até porque essa tem validade até o final do ano -, mas é, com certeza, uma das mais curiosas. Mudança é, com certeza, algo inexorável, acontece quando a gente menos espera. E é exatamente nesse aspecto que reina soberana a nossa imensa capacidade de adaptação.

Sim, fico torcendo para que o telefone toque e eu possa ouvir alguma voz, dou boa tarde até para as paredes quando saio da sala e nunca usei tanto o msn e as redes sociais desde que aqui estou, talvez para reforçar a necessidade de me sentir parte de algum convívio durante o dia. Agora, é inegável que nunca o trabalho rendeu tanto como nesses dias, onde muito pouco me tira a atenção.

Já me sinto, aos poucos, adaptada ao silêncio, às raras conversas, às poucas vozes ao longo do dia. Do jeito que dá, tenho até conseguido puxar uma conversa aqui, rompido a regra e arrancado uma resposta ali, mas ainda sim estranhando muito a ordem das coisas.

Se adaptar-se é fazer com que uma coisa combine convenientemente com outra ou se acomode, posso dizer que estou no caminho certo e que ele não tem sido, de maneira alguma, de todo o ruim, não.