terça-feira, 22 de março de 2011

Mais por mim


Hoje dei uma perambulada pelo prédio da minha antiga faculdade, uma das minhas moradas mais frequentes ao longo de quatro anos que passaram voando demais. Já fazem mais de 13 desde que saí da Faculdade dos Meios de Comunicação, a famosa Famecos da PUC gaúcha, e só agora tive oportunidade de voltar a circular por ali, nem sei bem por quê.

Mudança de cidade logo depois da formatura, trabalho no Interior, retorno a Porto Alegre, correria em cima de correria, alguns percalços para lembrar que somos de carne e osso e assim tem sido.

Retornei ao simpático e tantas vezes mal falado prédio 7 da PUC porque resolvi que era chegada a hora de priorizar projetos pessoais e, dentre as várias decisões tomadas, concorrer a uma vaga de pós-graduação foi o primeiro item da minha longa pauta . É o começo do que eu chamo do projeto “fazer mais por mim”, iniciado na virada do ano e repleto de tópicos em execução e ainda a executar.

No caso específico de voltar a estudar, me pareceu uma oportunidade de realmente me dedicar a algo em benefício próprio e, de quebra, reciclar, conhecer pessoas e trocar experiências. Caso não tenha êxito no projeto do pós, um curso de línguas ou outra atividade a escolher ocupará esse tempo que será só meu, dedicado a fazer algo exclusivamente por mim.

Me dei conta que passei muito dos últimos anos dedicando espaço demais ao trabalho, vivenciando mais a rotina dos outros do que a minha própria e, apesar de não ter sido nada sacrificante, digamos que foi apenas um momento. Escolhas que fiz, prioridades que tracei e que agora tenho a possibilidade de rever e remodelar.

Não vou negar que a simples ida à faculdade para a entrevista do pós mexeu comigo, deu uma sensação de nostalgia tremenda de ver aquela gurizada ansiosa pelos corredores, àvida por conhecimento, por novidades, pelas trocas e experiências que virão. Tá, confesso que me senti meio tiazona naquele ambiente, mas percebi que, apesar do tempo, jamais perdi aquela inquietude que só os estudantes têm. Ela sempre esteve aqui dentro, apenas um pouco abafada pela comodidade das coisas, do trabalho, da vida.

Ainda não sei se o projeto terá êxito - a resposta virá só no final de semana-, mas só o fato de a possibilidade ter me dado aquele friozinho na barriga, já valeu! Independente do resultado, fica aquela sensação de mais uma etapa a vencer e marcada a primeira fase desse meu reencontro com o que realmente importa: euzinha e minhas decisões. Aham!