Ontem li, estarrecida, que o presidente de todos os brasileiros havia se reunido com o centenário gênio da arquitetura Oscar Niemeyer para tratar da reforma geral do Palácio do Planalto. Segundo Lula, o prédio, que beira os 50 anos (fora inaugurado por Jucelino, em 1960), além de estar repleto de goteiras e mofo, sofreu tantas modificações de seus antecessores, que perdeu a configuração original. A reforma, que deve durar mais de um ano, deverá ser concluída a tempo das comemorações do cinqüentenário da capital federal, em abril de 2010.
Até aí tudo bem, nada mais justo do que revitalizar o patrimônio público, ainda mais se ele for considerado o endereço mais importante de Brasília e onde despacha o chefe de Estado, ministros, e trabalham cerca de 600 pessoas. Só que lá pelas tantas, em mais uma de suas crises verborrágicas, o presidente teria comparado o Palácio a uma favela e se queixado do excesso de salas e paredes.
Segundo O Estado de São Paulo, ele teria dito, literalmente, “Uma favela!”, ao se referir ao Palácio, no qual nem reside... já que é na Granja do Torto onde o presidente reúne a família, os amigos, em festas regadas a futebol e churrascada.
Coincidentemente, hoje me deparo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela que, infelizmente, um terço dos municípios brasileiros está recheado de favelas. E mais, que são as regiões Norte e Sul (41,0%) que apresentam as proporções mais elevadas, seguidas pelo Nordeste (32,7%), Sudeste (29,7%) e Centro-Oeste (19,5%).
Será que somaram o Planalto a essa estatística?
Claro, a incidência de favelas é muito maior naquelas cidades com população e desigualdades mais altas. E, nesta dura realidade, a favelização é um caminho sem volta. O Brasil lidera, há anos, os rankings de habitações precárias na América Latina, fato mais do que comprovado em estudos da ONU e, cotidianamente, a olhos nus, quando temos um pouco mais de tempo e um pouco menos de medo de olhar através da janela de nossos carros.
O déficit habitacional por aqui é uma chaga e, por isso, o que o presidente Lula precisa é se preocupar com a criação de uma política efetiva para resolver a demanda por moradias populares. E, como quem não tem onde morar geralmente não tem o que comer, tampouco um ofício que lhe ajude a sair desse quadro, o acesso ao trabalho também deve ser prioridade.
As coisas estão difíceis, mas acredito que as pessoas podem ter mais estímulo e esperança para seguir na batalha a partir do momento em que tiverem moradias dignas. Antes de pensar em reformar o Palácio e nos milhões que serão gastos com a festa de 50 anos de Brasília, o presidente tem que criar linhas de financiamento especiais para incentivar os brasileiros de baixa renda a sair da favela e criar cooperativas habitacionais, subsidiar o trabalho de grupos de voluntários que dedicam-se à construção de moradias populares em diversos cantos do país.
Até aí tudo bem, nada mais justo do que revitalizar o patrimônio público, ainda mais se ele for considerado o endereço mais importante de Brasília e onde despacha o chefe de Estado, ministros, e trabalham cerca de 600 pessoas. Só que lá pelas tantas, em mais uma de suas crises verborrágicas, o presidente teria comparado o Palácio a uma favela e se queixado do excesso de salas e paredes.
Segundo O Estado de São Paulo, ele teria dito, literalmente, “Uma favela!”, ao se referir ao Palácio, no qual nem reside... já que é na Granja do Torto onde o presidente reúne a família, os amigos, em festas regadas a futebol e churrascada.
Coincidentemente, hoje me deparo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela que, infelizmente, um terço dos municípios brasileiros está recheado de favelas. E mais, que são as regiões Norte e Sul (41,0%) que apresentam as proporções mais elevadas, seguidas pelo Nordeste (32,7%), Sudeste (29,7%) e Centro-Oeste (19,5%).
Será que somaram o Planalto a essa estatística?
Claro, a incidência de favelas é muito maior naquelas cidades com população e desigualdades mais altas. E, nesta dura realidade, a favelização é um caminho sem volta. O Brasil lidera, há anos, os rankings de habitações precárias na América Latina, fato mais do que comprovado em estudos da ONU e, cotidianamente, a olhos nus, quando temos um pouco mais de tempo e um pouco menos de medo de olhar através da janela de nossos carros.
O déficit habitacional por aqui é uma chaga e, por isso, o que o presidente Lula precisa é se preocupar com a criação de uma política efetiva para resolver a demanda por moradias populares. E, como quem não tem onde morar geralmente não tem o que comer, tampouco um ofício que lhe ajude a sair desse quadro, o acesso ao trabalho também deve ser prioridade.
As coisas estão difíceis, mas acredito que as pessoas podem ter mais estímulo e esperança para seguir na batalha a partir do momento em que tiverem moradias dignas. Antes de pensar em reformar o Palácio e nos milhões que serão gastos com a festa de 50 anos de Brasília, o presidente tem que criar linhas de financiamento especiais para incentivar os brasileiros de baixa renda a sair da favela e criar cooperativas habitacionais, subsidiar o trabalho de grupos de voluntários que dedicam-se à construção de moradias populares em diversos cantos do país.
A reforma do Palácio do Planalto, definitivamente, pode esperar!
Um comentário:
O rei está nú. Só rindo. Acho que a sede do governo tem que ser no Complexo do Alemão, pra o Lula entender que país é este.
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