segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Vivas ao ócio!!

Nesses tempos de correria plena, onde não ser workaholic tornou-se tão impensável como declarar que se tem gripe A dentro de um ônibus lotado, o mau tempo me deu o primeiro final de semana de folga em mais de um mês. Comemorei feito criança o descanso mais que merecido, fiz planos de leitura, de passeios, de visitas, prometi ao namorado que sairíamos para dançar, tomaríamos umas cervejinhas sem hora para terminar e que veríamos aquela exposição dos mestres da pintura que tentamos ir desde o início do mês.

Adivinhem o placar final do fim de semana? Zero a zero! Sim, choveu torrencialmente de sexta à noite até esta manhã e eu não cumpri NENHUMA das programações prometidas. Não li nada que não fosse a última Marie Claire, me abstive dos jornais, não visitei ninguém, não saí pra dançar e não cometi nenhum pecado diferente da preguiça e da gula! Vi todos os seriados que não consigo acompanhar durante a semana, revi quase uma dezena de filmes de baixo do edredom, cochilei e namorei bastante.

Algum arrependimento? Nãnaninãninha! As anotações que levei na bolsa para adiantar algumas matérias ficaram intactas. As receitas que queria ter testado, idem. As sacolas de roupa suja não se moveram e nem ao supermercado eu fui. Falei pouco ao telefone, não chequei e-mails, mas, em compensação, aproveitei o aniversário de 83 anos do meu avô e o almoço de Dia dos Pais para curtir momentos valiosos – e cada vez mais raros- em família. Coisas que, parafraseando a propaganda do cartão de crédito, não têm preço!


O ócio faz bem à pele, diminui as olheiras, melhora o humor, atenua os sintomas da tpm, melhora o tônus muscular a cada espreguiçada mais longa, regula o intestino graças às mastigadas sem pressa e, sim, retarda o envelhecimento precoce! Tem coisa melhor do que isso? E não estou falando do ócio criativo, não! Falo do ócio preguiçoso mesmo. Aquele em que o máximo de esforço que se faz é ir da cama para o sofá, do sofá para a janela, da janela à geladeira e assim por diante.

Finais de semana como o meu último deveriam ser obrigatórios por lei, pelo menos uma vez por mês. Por mais que não substituam as tão sonhadas férias, renovam o ânimo, oxigenam o cérebro, dão fôlego novo à semana de trabalho e clareiam as idéias - que tendem a ficar turvas em meio à correria do dia a dia. Se eu trabalhasse na área de RH, adicionaria um final de semana mensal de ócio obrigatório a todos os contratos de trabalho. Não tem receita melhor! E vamu que vamu que hoje já é segunda-feira!

2 comentários:

Alvaro Neto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
flavia:) disse...

Affffffff, Segunda-feira! Uhahhahaha :P Saudades mili!