Fiquei mais de dez dias sem conseguir parar para escrever, mas por uma semana não tirei um absurdo da minha cabeça. Li em algum site desses de notícias que uma jornalista de 40 anos fora condenada, no Sudão, a receber 40 chibatadas. Detida no dia 3 de julho, a coitada ficou quase um mês presa e foi sentenciada na semana passada unicamente por vestir calças.
É, o crime cometido por ela foi ir contra o conservadorismo islâmico, que não permite que mulheres usem calças. As vestimentas são consideradas indecentes pelos sudaneses, onde somente os não muçulmanos não são obrigados a seguir a lei islâmica, que predomina na capital, Cartum.
Lubna trabalha em um jornal da cidade e no Departamento de Imprensa da missão das Nações Unidas no Sudão e foi presa em um restaurante, por um grupo de policiais que escolhia a dedo as mulheres que queriam levar. Além dela, outras 12 mulheres na mesma situação foram encaminhadas a uma delegacia por usarem calças. Das 13 detidas, 10 receberam 10 chibatadas, porque eram do sul do país, onde a lei islâmica do Norte, a chamada a sharia, não é aplicada.
Os jornais diziam que Lubna é conhecida por suas críticas ao governo do país. Ela é autora de uma coluna semanal para jornais do país, chamada Kalam Rijal, que, na tradução literal significa "conversa de homem”, referindo-se ao preconceito que as mulheres sofrem até para se manifestarem diante de seus maridos, pais e filhos. Pela cultura islâmica, o que as mulheres falam costuma ser algo risível e não confiável.
Antes de comparecer à corte, a jornalista afirmou que o problema que ela enfrenta é também o problema de centenas de mulheres que são chicoteadas todos os dias devido às roupas que usam. E, pior, saem dessas sessões envergonhadas e tratadas como párias pelas próprias famílias, que não admitem tal desfeita.
Além da ridícula motivação da punição em si, por mais que eu reconheça que vivemos em uma cultura totalmente diferente, da qual muitas vezes torna-se impossível entender, é inadmissível aceitar que a lei islâmica ainda mantenha rigidez a certos costumes que já deveriam ter caído por terra, principalmente no Sudão, país dividido entre as crenças, com o Sul cristão, que não reconhece tais leis islâmicas.
Em pleno século XXI, é triste constatar que a “evolução” das pessoas ainda está presa a crenças e a costumes absurdos, onde humilhar semelhantes é prática normal e corriqueira. Até quando vamos ter de agüentar notícias como essas?
É, o crime cometido por ela foi ir contra o conservadorismo islâmico, que não permite que mulheres usem calças. As vestimentas são consideradas indecentes pelos sudaneses, onde somente os não muçulmanos não são obrigados a seguir a lei islâmica, que predomina na capital, Cartum.
Lubna trabalha em um jornal da cidade e no Departamento de Imprensa da missão das Nações Unidas no Sudão e foi presa em um restaurante, por um grupo de policiais que escolhia a dedo as mulheres que queriam levar. Além dela, outras 12 mulheres na mesma situação foram encaminhadas a uma delegacia por usarem calças. Das 13 detidas, 10 receberam 10 chibatadas, porque eram do sul do país, onde a lei islâmica do Norte, a chamada a sharia, não é aplicada.
Os jornais diziam que Lubna é conhecida por suas críticas ao governo do país. Ela é autora de uma coluna semanal para jornais do país, chamada Kalam Rijal, que, na tradução literal significa "conversa de homem”, referindo-se ao preconceito que as mulheres sofrem até para se manifestarem diante de seus maridos, pais e filhos. Pela cultura islâmica, o que as mulheres falam costuma ser algo risível e não confiável.
Antes de comparecer à corte, a jornalista afirmou que o problema que ela enfrenta é também o problema de centenas de mulheres que são chicoteadas todos os dias devido às roupas que usam. E, pior, saem dessas sessões envergonhadas e tratadas como párias pelas próprias famílias, que não admitem tal desfeita.
Além da ridícula motivação da punição em si, por mais que eu reconheça que vivemos em uma cultura totalmente diferente, da qual muitas vezes torna-se impossível entender, é inadmissível aceitar que a lei islâmica ainda mantenha rigidez a certos costumes que já deveriam ter caído por terra, principalmente no Sudão, país dividido entre as crenças, com o Sul cristão, que não reconhece tais leis islâmicas.
Em pleno século XXI, é triste constatar que a “evolução” das pessoas ainda está presa a crenças e a costumes absurdos, onde humilhar semelhantes é prática normal e corriqueira. Até quando vamos ter de agüentar notícias como essas?
2 comentários:
Fe, também fiquei revoltada com essa história, coloquei um link no meu twitter.
Entendo que, se tu concorda com uma religião, deves ser fiel às suas normas. Mas se não é, não tem porque ser exposto a castigos por não cumpri-las. Não faz sentido!
Espero que a Lubna tenha força para não se entregar a esse absurdo. Talvez seja o começo de uma revolução.
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