Estou sofrendo da Síndrome da Segunda-feira. Não preciso ir ao médico, consultar os búzios ou as runas para confirmar o diagnóstico. Os sintomas são simples, desânimo, preguiça e uma quase falta de interesse pela rotina de trabalho, driblada apenas pelo excesso de tarefas que se acumulam sobre a minha mesa.
Ao contrário da maioria das pessoas, que entram em estado de quase depressão na noite de domingo, sentem tristeza, angústia, irritabilidade e desalento ao ouvir a abertura do Fantástico, eu, geralmente, estou nos melhores momentos do meu final de semana exatamente no domingo à noite. Nessa hora, depois de ter acordado e almoçado tarde, já desopilei, caminhei no sol, namorei, encontrei amigos, revi a família, e, sem peso algum nas costas, me preparo para dar uma boa espreguiçada no meu sofá. Embaixo do edredon, abraçada no meu amor, leio um livro, vejo um filme e arrumo alguma coisa pra beliscar até o sono bater de vez.
É aí, no exato momento de deitar, sabendo que poucas horas depois estarei de volta à labuta, que começam os primeiros sintomas. Levantar cedo no dia seguinte então, é um martírio. O banho fica arrastado, o café tem um gosto mais amargo e o piloto automático é ligado até que eu chegue ao meu destino. Por mais que eu tenha descansado, nunca parece suficiente e os afazeres ganham uma dimensão ainda maior a cada segunda-feira.
Garanto que se eu me olhasse agora no espelho, minha imagem refletida seria alaranjada, peluda e com aquele ar de torpor que só o Garfield tem às segundas-feiras. Por mais que os finais de semana sejam usados para recarregamos as energias para, depois, retomarmos a rotina, ele nunca é suficiente. Ainda mais para mim, que a cada quinzena sacrifico um final de semana.
Mas o que tem acontecido comigo ultimamente é aquela sensação de choque de realidade, de estar deixando de fazer o que mais gosto para retomar uma rotina nem tão prazerosa- pelo menos não às segundas-feiras. Gosto do que faço e do meu ambiente de trabalho, mas sempre fico com a sensação de que poderia estar fazendo mais por mim e isso me preocupa. Não quero chegar naquela etapa em que o trabalho torna-se apenas uma fonte de sobrevivência, mas é nessa condição que me sinto às segundas.
Pesquisando, descobri que a tal Síndrome da Segunda-feira não é apenas um fenômeno psicológico, mas uma alteração no metabolismo, resultante da chamada “desaceleração” que nos permitimos aos finais de semana e que, cá pra nós, deveria ser obrigatória a cada intervalo de três dias mais ou menos, não é mesmo?
O que os especialistas aconselham é procurar acrescentar programas mais prazerosos às agendas da semana. Um cineminha na terça, um happy hour ou jantar com os amigos na quinta, para quebrar a rotina e acalmar o relógio biológico. Exercícios físicos também ajudam.
O que me resta, então, é tocar as coisas normalmente, mesmo que em slowmotion, e me preparar para a terça com força total... e para descarregar o desânimo, quem sabe apelar para uma caminhadinha no início da noite? Salve-se quem puder!
Ao contrário da maioria das pessoas, que entram em estado de quase depressão na noite de domingo, sentem tristeza, angústia, irritabilidade e desalento ao ouvir a abertura do Fantástico, eu, geralmente, estou nos melhores momentos do meu final de semana exatamente no domingo à noite. Nessa hora, depois de ter acordado e almoçado tarde, já desopilei, caminhei no sol, namorei, encontrei amigos, revi a família, e, sem peso algum nas costas, me preparo para dar uma boa espreguiçada no meu sofá. Embaixo do edredon, abraçada no meu amor, leio um livro, vejo um filme e arrumo alguma coisa pra beliscar até o sono bater de vez.
É aí, no exato momento de deitar, sabendo que poucas horas depois estarei de volta à labuta, que começam os primeiros sintomas. Levantar cedo no dia seguinte então, é um martírio. O banho fica arrastado, o café tem um gosto mais amargo e o piloto automático é ligado até que eu chegue ao meu destino. Por mais que eu tenha descansado, nunca parece suficiente e os afazeres ganham uma dimensão ainda maior a cada segunda-feira.
Garanto que se eu me olhasse agora no espelho, minha imagem refletida seria alaranjada, peluda e com aquele ar de torpor que só o Garfield tem às segundas-feiras. Por mais que os finais de semana sejam usados para recarregamos as energias para, depois, retomarmos a rotina, ele nunca é suficiente. Ainda mais para mim, que a cada quinzena sacrifico um final de semana.
Mas o que tem acontecido comigo ultimamente é aquela sensação de choque de realidade, de estar deixando de fazer o que mais gosto para retomar uma rotina nem tão prazerosa- pelo menos não às segundas-feiras. Gosto do que faço e do meu ambiente de trabalho, mas sempre fico com a sensação de que poderia estar fazendo mais por mim e isso me preocupa. Não quero chegar naquela etapa em que o trabalho torna-se apenas uma fonte de sobrevivência, mas é nessa condição que me sinto às segundas.
Pesquisando, descobri que a tal Síndrome da Segunda-feira não é apenas um fenômeno psicológico, mas uma alteração no metabolismo, resultante da chamada “desaceleração” que nos permitimos aos finais de semana e que, cá pra nós, deveria ser obrigatória a cada intervalo de três dias mais ou menos, não é mesmo?
O que os especialistas aconselham é procurar acrescentar programas mais prazerosos às agendas da semana. Um cineminha na terça, um happy hour ou jantar com os amigos na quinta, para quebrar a rotina e acalmar o relógio biológico. Exercícios físicos também ajudam.
O que me resta, então, é tocar as coisas normalmente, mesmo que em slowmotion, e me preparar para a terça com força total... e para descarregar o desânimo, quem sabe apelar para uma caminhadinha no início da noite? Salve-se quem puder!
Um comentário:
Oi Fernanda,
Eu amo o Garfield, hahaha!!!!
Identificação total tb.
Beijos,
Isabela - A Divorciada
Postar um comentário