sábado, 17 de abril de 2010

Vale um post para driblar a espera?


Descobri que não lido bem com a espera. Que ficar olhando para o relógio a cada 10 minutos embrulha meu estômago, acelera meus batimentos cardíacos e me deixa de presente uma indesejada ruga na testa. Apesar disso, percebi também que escrever me acalma e faz o tempo parecer passar um pouco mais devagar. Por isso a razão de ser deste post.

Andei pensando esses dias em como algumas crendices podem, sim, deixar de sê-las e passar a condição de constatações. O mau pressentimento, por exemplo. Passei a semana com o coração apertado, com uma certa melancolia e insegurança que não costumam fazer parte da minha personalidade. Não, obviamente que segurança não é uma das minhas principais virtudes – e penso que não é também da maioria das mulheres - mas salvo os dias de TPM e estresse extremos, me orgulho de ser uma pessoa leve. Leve não no sentido de ser despreocupada, mas leve no sentido de preferir sempre o sorriso largo, as descomplicações a me deixar vencer pelas intempéries da vida.

Assim sendo, algo me incomodou a semana toda e me fez perceber um mau pressentimento martelante, apesar de não saber direito o que era ou é. E assim continuo nesse momento em que escrevo. É difícil de explicar, um sentimento chato, imagine algo como uma mistura de azia e taquicardia. Dá pra gostar? Não dá.

Procurar respostas para o que estou sentindo ocupou um pouco do meu final de semana, algumas suposições para o mau presságio podem até vir a se concretizar, mas, ao mesmo tempo, algo lá no fundo, na minha essência, me faz lembrar em instantes que sou uma pessoa forte, que resisti bem até agora aos tombos que a vida impôs ao meu caminho e que me fizeram, logo ali, levantar com mais garra e vontade ainda de recomeçar.

Pode parecer coincidência, se é que elas existem, mas ao chegar de uma viagem de trabalho e ligar a televisão, me deparei com um seriado que tinha despedidas e recomeços como tema. Duas coisas que também causam na maioria das pessoas sensações como embrulho no estômago, taquicardia e muita ruga na testa. A mensagem do seriado americano era de que, às vezes, despedidas são necessárias para nos mostrar o quanto o ser humano precisa investir em recomeços. E isso é verdade. Recomeços na carreira, na vida, nas amizades, nos amores, no que for, são sempre difíceis, mas nem por isso menos importantes e necessárias em determinadas etapas.

Acho que amadurecer é isso. Tirar da cartola dúvidas, imaginar soluções e perder um pouco de tempo fazendo suposições até sobre o que não sabemos direito o que é. Por hora, sei que o que me incomoda é a espera. Espera por uma sacudida que só depende de mim. A azia e a aceleração dos batimentos ainda insistem com o término desse texto, mas sem elas, com certeza eu não estaria, nesse momento, pensando em como tirar essa ruga insistente da minha testa.

3 comentários:

Antônio e Arthur disse...

Como te disse ontem, fico sem saber o que te dizer... Como boa fã do Bon Jovi, então uso as palavras do mestre: I'll be there for u! Bjs

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Fernanda!

Bem, antes de mais nada Feliz dia do amigo! E fico muito feliz em te conhecer e compartilhar com você um pouco de pensamentos!

Acredito muito em recomeço, mas, também na dificuldade que é recomeçar, se despedir do costumeiro e enfrentar coisas novas. Penso muito nisso, porque sofro de ansiedade e temo mudanças, temo por não ter certeza que fiz o certo, mas, arrisco, porque é muito ruim continuar na mesma sem está bem.

Gostei muito desse post, me fez ver que preciso parar de esperar também!

grande abraço,

Beth Blue disse...

Despedidas são necessárias para nos mostrar o quanto o ser humano precisa investir em recomeços. E isso é verdade. Recomeços na carreira, na vida, nas amizades, nos amores, no que for, são sempre difíceis, mas nem por isso menos importantes e necessárias em determinadas etapas.

O caminho é este, sem dúvida. Renovar-se, recriar-se após cada crise. A gente se perde mas depois a gente se acha.