Amanhã deve ser assinado pelo presidente Lula o projeto que cria o Vale Cultura. O benefício, que funcionará exatamente como um vale transporte ou alimentação, terá valor de R$ 50 e será estendido a todos os trabalhadores que ganham menos de cinco salários mínimos.
Em tempos de desemprego, fome, falta de saneamento e de moradia digna
pode até parecer cruel comemorar o fato, mas anda tão difícil de aparecer uma boa iniciativa governamental, que resolvi dar um desconto. Os itens acima fazem parte da cruel realidade de milhares de brasileiros, mas, como bem disseram Os Titãs na letra de Comida:
“a gente não quer só comida,a gente quer comida, diversão e arte...
a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé ...
a gente não quer só comida, a gente quer a vida como a vida quer...”.
A intenção do governo é fazer com que o Vale seja usado exclusivamente para que o trabalhador vá ao cinema, ao teatro, a shows ou compre livros. Em um país marcado pela exclusão, torço para que, de fato, o vale dê o primeiro passo para dirimir a exclusão cultural. Já imagino que alguns tentarão vendê-lo ou trocá-lo por mercadorias, mas prefiro acreditar que o tal vale vá ser bem-sucedido e cumprir com seu nobre objetivo.
Nosso Brasil é motivo de orgulho pela riqueza cultural tão diferenciada e merece que o seu próprio povo desfrute disso com propriedade. Pelos dados do Ministério da Cultura, cerca de 12 milhões de trabalhadores da iniciativa privada estão aptos a receber o benefício, que poderá injetar R$ 600 milhões no mercado cultural, mensalmente.
As estatísticas revelam que mais de 90% dos brasileiros nunca foram ao teatro ou a um museu. Cinema também é privilégio de poucos, o que me faz acreditar que, uma vez sancionada e regulamentada, a proposta pode mudar, sim, os rumos da cultura nacional.
O próximo passo pode, a partir daí, ser dado pelo próprio Ministério, através do estímulo de um amplo debate acerca dos valores cobrados sobre os produtos culturais. Querem mais incentivo à cultura do que oferecê-la a preços justos e compatíveis ao trabalhador assalariado?
Ou alguém acha normal pagar R$ 200 por um show nacional, R$ 100 para uma peça de teatro e R$ 20 sobre o ingresso nos cinemas mais modernos? Diante dos parcos R$ 50 do Vale, esses valores beiram à exorbitância e com certeza, são responsáveis por desestimular e impedir que milhares de brasileiros conheçam e vivenciem o que esse Brasil tem de melhor, que é a criatividade de seu povo!
Em tempos de desemprego, fome, falta de saneamento e de moradia digna
pode até parecer cruel comemorar o fato, mas anda tão difícil de aparecer uma boa iniciativa governamental, que resolvi dar um desconto. Os itens acima fazem parte da cruel realidade de milhares de brasileiros, mas, como bem disseram Os Titãs na letra de Comida:
“a gente não quer só comida,a gente quer comida, diversão e arte...
a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé ...
a gente não quer só comida, a gente quer a vida como a vida quer...”.
A intenção do governo é fazer com que o Vale seja usado exclusivamente para que o trabalhador vá ao cinema, ao teatro, a shows ou compre livros. Em um país marcado pela exclusão, torço para que, de fato, o vale dê o primeiro passo para dirimir a exclusão cultural. Já imagino que alguns tentarão vendê-lo ou trocá-lo por mercadorias, mas prefiro acreditar que o tal vale vá ser bem-sucedido e cumprir com seu nobre objetivo.
Nosso Brasil é motivo de orgulho pela riqueza cultural tão diferenciada e merece que o seu próprio povo desfrute disso com propriedade. Pelos dados do Ministério da Cultura, cerca de 12 milhões de trabalhadores da iniciativa privada estão aptos a receber o benefício, que poderá injetar R$ 600 milhões no mercado cultural, mensalmente.
As estatísticas revelam que mais de 90% dos brasileiros nunca foram ao teatro ou a um museu. Cinema também é privilégio de poucos, o que me faz acreditar que, uma vez sancionada e regulamentada, a proposta pode mudar, sim, os rumos da cultura nacional.
O próximo passo pode, a partir daí, ser dado pelo próprio Ministério, através do estímulo de um amplo debate acerca dos valores cobrados sobre os produtos culturais. Querem mais incentivo à cultura do que oferecê-la a preços justos e compatíveis ao trabalhador assalariado?
Ou alguém acha normal pagar R$ 200 por um show nacional, R$ 100 para uma peça de teatro e R$ 20 sobre o ingresso nos cinemas mais modernos? Diante dos parcos R$ 50 do Vale, esses valores beiram à exorbitância e com certeza, são responsáveis por desestimular e impedir que milhares de brasileiros conheçam e vivenciem o que esse Brasil tem de melhor, que é a criatividade de seu povo!
5 comentários:
Foda, né?? Aqui em SP a carteirinha do estudante sempre dá um bom desconto...
Adorei amiga!
E também tem que baixar o preço dos livros!
O Lula até tentou, os acordo$$$$$$ não fecharam.
Parbéns pelo blog!
Beijos!
Muito bom, estou pensando em voltar a votar pra presidente depois disso. Titãs muito bem citado, tá muito bom teu palavreado.
Pois é, o preço dos produtos culturais é exorbitante para um país como o nosso. Além dos que falaste - show, teatro e cinema - o que me dói mesmo é o livro, que nunca custa menos de R$ 30 (séculos depois de lançado, claro).
Outra questão será o uso que as pessoas vão fazer do vale. Vão comprar ingressos de Calypso e Victor & Léo, quer ver só?! Ninguém merece.
é...mas não podemos esquecer que Calypso e Victor & Léo tb são cultura, certo?
beijos e obrigada pelos comments
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