segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Qual a melhor hora para apertar o botão?


Pela primeira vez contarei com a nobre colaboração de uma amiga nesse humilde espaço. Com alegria, recebi esse texto da Claudinha, meio que timidamente, porém no mesmo embalo dos que tenho feito e postado por aqui.

Como todas as mulheres na faixa dos trinta e poucos, ela também tem se questionado sobre os rumos da vida, sobre escolhas, incertezas, desejos e cobranças da sociedade. Queremos parecer modernas, mas nem sempre o somos. Queremos mostrar independência, mas no fundo estamos loucas por alguém que nos cuide, queremos investir na carreira, mas choramos em casamento até de novela, enfim.

Sentimental, como bem diz o título do post dela, todas somos. Umas mais, outras menos, depende até da TPM. Mas, a verdade é que nem nós sabemos lidar bem com o papel que temos desempenhado nessa sociedade maluca, individualista e materialista na qual crescemos e nos inserimos.

Se é possível equilibrar vida pessoal com carreira, maternidade com anseio por liberdade, planos individuais com casamento, ainda não sabemos. Mas nem por isso deixaremos de experimentar e nos deixar levar por aí, certo? A vida está aí para ser vivida. Por isso, temos de nos permitir e ter em mente que ela passa muito rápido e que mal dá tempo de apertar o botão do pause, certo?

Boa leitura e obrigada, Claudinha, pelo texto abaixo! Mande mais!!


Sentimental eu sou...
moderna, mas sentimental


Por Claudinha

Embalada por um blog de uma super escritora que conheço e que tenho o prazer de chamar de amiga, me empolguei em me aventurar a traçar algumas linhas.

Dia desses estava assistindo ao filme Apenas uma vez, uma linda história que fala de sentimentos, mas totalmente atual e moderna. É um conto de fadas onde, pasmem, a mocinha não acaba com o príncipe encantado. “O filme é muito bom”, normalmente é isso que escuto com quem comento e que também já assistiu.

O filme me fez refletir a respeito dos sentimentos modernos... como assim no “the end” o casal não fica junto? E as pessoas gostam?

Aos meus olhos a explicação é simples. O príncipe encantado e a princesa têm outras prioridades e o envolvimento emocional, o sentimento e até a química que rola entre o casal não são convertidos em casamento, tornam-se boas lembranças de uma nostalgia gostosa dali pra diante. Aí vem o capitalismo, os compromissos profissionais, as carreiras.

Apenas uma vez agrada por retratar uma história feliz, envolvente, onde os destinos se cruzam, mas seguem paralelamente, cada qual em sua faixa, sem final feliz como as comédias românticas estreladas por Julia Roberts.

Fiquei pensando em mim mesma, em algumas amigas que se identificaram tanto com o filme. Os sentimentos produzidos por nós resistem aos tempos modernos, mas diante desta mesma capacidade de amar, respeitar, amar mais um pouco e tudo mais, me vejo tendo que fazer escolhas cruéis entre minha carreira e minha vida pessoal com uma certa frequência que assusta.

Será que é possível ser feliz deste jeito? E quem disse que a felicidade está no equilíbrio? Tem que ser equilibrado? Acredito que o filme seja um conforto e uma resposta muito legal às quebras de paradigmas.

Gostei muito porque ajuda na reflexão de mulheres que, como eu, curtem uma solteirice, mas contam os minutos para a maternidade; que vivem sob stress profissional, mas não abrem mãos da carreira... Mulheres que sabem que é possível estar feliz em meio a toda essa loucura, nem que seja apenas uma vez.

9 comentários:

blogger disse...

Adorei as discretas linhas que li, São pensamentos retileneos que nos fazem crer que a felicidade mora numa casa, com criancas, um cachorro...barulho...mas quem disse que isso é verdade! A felicidade vive em cada um que se permite viver a vida intensamente, fazendo de momentos simples inesqueciveis!( Este blog já faz parte dos meus favoritos, parabéns )

Mille disse...

Adorei........vou assistir o filme!!!!
Cuntinue mandando dicas para a "Celibatère"!!!!!

Bisous
Miiiiiiiiiiiiiiiiiii

Unknown disse...

Muito bom os comentários e reflexões.....dignos de uma boa repensada na vida! Merece sim! Parar um pouco essa correria do dia-a-dia e nos darmos conta do que estamos deixando passar...não existe fórmula, nem ensaio...e está aí a beleza da vida!

Lisinha disse...

Sempre achei que equilíbrio fosse tudo na vida..mas de repente é a falta dele que faz a vida ser mais imprevisível e menos morna!
Adorei!
Vou assistir ao filme!
bjs mil

Pequena caixa de pandora disse...

Fui criada para casar e ser mãe, hoje estou sozinha (praticamente), não tenho filhos e tô bem cansada de cuidar de mim ehhehhehehheh. Mas o importante é tocar ficha, bem piegas assim mesmo, no fundo é o que a gente pensa - resignação e resiliência, coragem e persistência. Bah, sem isso não vivo. No final das contas é tudo uma viagem!!!!

das boas...

vou ver o filmeeeeeeeeee
bjuuuuuuuuuuuuu

Anônimo disse...

Adorei........fez eu parar e refletir.........vou assistir
o filme.......
Adorei!!!!!!!!!!
Bjus...npmulher

Unknown disse...

Amiga...vc já um sucesso super Claudinha...já sou sua fã!!

Vou ver o filme!!

bjs

Marla Gass disse...

Amei o texto. Também curti muito o filme e, claro acabei me identificando. Até porque também tenho uma filhinha, moro com a minha mãe e já me encantei com alguém nada a ver com tudo isso - ou pelo menos, apesar de tudo isso - e nossas vidas seguiram cada uma para um lado.
Interessantes como os questionamentos são parecidos pra todas nós, independentemente da idade, situação profissional ou afetiva.
E os pobres meninos-homens ainda querem ELES nos entender...

Anônimo disse...

Claudinha, parabéns pela ousadia em compartilhar o que sente e pensa, muitas pessoas passam pelos mesmos questionamentos, mas poucos são capazes de publicar algo que vai de encontro as "ditaduras" sociais.
Agora quero ver o seu blog no ar, ok!!!