segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Viagem fantástica


Manter viva a criança que está guardada em cada um de nós pode até não ser tarefa das mais fáceis, mas é pra lá de saudável, não tem como negar! Tive de me render e admitir quão prazerosa foi minha investida no cinema para assistir – depois de certa insistência do meu namorado – ao filme Up, a mais recente animação da Pixar, mesma produtora responsável por Monstros S.A.

A sedução já começa na entrada da sala, quando somos convidados a vestir os indefectíveis óculos 3D, responsáveis por nos conduzirem ao mundo mágico das cores e formas que só a computação digital pode oferecer! E, pasmem, o público- maciçamente adulto - se deixa levar e assiste a tudo com cara de criança espantada ou maravilhada diante da novidade.

O desenho conta as aventuras de Carl Fredricksen, um velhinho recém-viúvo que acalenta o sonho da esposa de se aventurar pelo Paraíso das Cachoeiras, localizado na América do Sul. Só que para bancar sua empreitada, Fredricksen abre mão de métodos de transporte tradicionais e, com a experiência de quem vendeu balões para crianças ao longo de toda a vida, faz a casa voar ao ser amarrada a milhões de balões coloridos.

O que o velho desbravador não imagina é que, por acaso, o menino Russel, um simpático e gorducho escoteiro de oito anos, fica preso na varanda da casa e acaba viajando à rebote para o Paraíso das Cachoeiras. Lá, em, meio a muitas aventuras, a dupla se junta para salvar a vida de uma multicolorida ave tropical, dribla a ferocidade de uma matilha e enfrenta adversidades vencidas só com muita união.

Realizado em parceria com a Walt Disney Pictures, o filme se tornou um dos maiores sucessos mundiais do estúdio e não é por menos. Com viés infantil, o filme é na verdade uma lição de vida para adultos das mais diferentes faixas etárias. Fala da tristeza de envelhecer sozinho, mostra como cada um lida com perdas, fala do descaso de alguns pais por seus filhos, da extinção de animais e da ganância do homem em querer fazer sucesso ou ser reconhecido a qualquer preço.

Sem dúvidas, um dos melhores filmes que vi nesse ano. Emocionante, leve, divertido e cheio de aventura. A maior lição que tirei foi a de que vale, e muito, a pena acordar a criança que deixamos adormecida dentro de nós, muitas vezes por bobagem. E que vale, sempre, acreditar nos sonhos, ter planos e saber levá-los com leveza!

Um comentário:

Claudinha disse...

Bom... sem pre bom... A D O R E I !
Como sempre... beijos