domingo, 2 de maio de 2010

500 dias que virão


Domingo lindo de sol na paulicéia desvairada e, depois de dar uma volta com minha irmã pela rua decidimos almoçar tarde e ficar de papo pro ar vendo filmes, coisa que não faço há meses. Engraçado constatar que nas adversidades a gente sempre arruma tempo, coragem e se impõe diante das coisas e da vida como não costumamos fazer no dia a dia.

Pensei isso ao me dar conta que assim, do nada, decidi viajar de um dia para o outro e aqui estou, sem me preocupar com o trabalho acumulado, com os compromissos pré-agendados e com o que me espera na volta.

Pois bem, posso dizer que sobrevivi com galhardia à minha primeira comédia romântica desses novos dias. E essa façanha merece ser comemorada, pois foi feita de maneira leve, sem choro nem maus pensamentos. O titulo escolhido foi 500 Dias com Ela, que fala das coisas boas e ruins de um relacionamento que tinha tudo para dar certo, mas que acabou por decisão de uma das partes.

A perspectiva do enredo, desta vez, é masculina – o que não é muito comum nesse tipo de filme. Tom é um arquiteto frustrado, que vive de escrever cartões comemorativos e românticos e que depois de levar um fora da namorada, Summer, passa a reviver momentos dos 500 dias que passaram juntos. Nesse desenrolar, ele tenta buscar uma resposta para o que deu errado entre os dois e, a partir de suas reflexões, dribla o fracasso e o desânimo até redescobrir o gosto pelas coisas.

Pois é, como vida e arte sempre se confundem, posso dizer que, surpreendentemente, adorei o filme e decidi, ao contrário, de Tom, parar de buscar respostas. Se no momento o silêncio se impõe, talvez seja melhor assim. Reviver as coisas ainda me parece necessário, mas cada vez essa tarefa tem ocupado menos tempo do meu dia.

Aquele aperto no peito ainda está por aqui, mas não faz mais com que eu me sinta derrotada, apenas me lembra de que estou viva, de que, de repente, não vale a pena esperar por algo que talvez eu nunca venha a entender e que, afinal de contas, tudo vale e deve ter um sentido nessa vida, certo?

Por aqui, sentada num sofá que não é meu, sigo em compasso de espera, mas agora pelo que virá!

3 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Gostei, gostei, vou assistir esse também kkkkk

Acho que o caminho é por aí mesmo, passear, fazer coisas diferentes da rotina e deixar as coisas fluirem, estou tmb tentando isso.

bjs e sorte sempre!

nasaladeespera disse...

virou predileta.. preferida.. favorita..
rsrsrsrsrsrrs
escreve como respira.
Amo!!!!!

Fernanda disse...

Brigada Marcia! To precisando de sorte. Jana, amei teus elogios. bjs