terça-feira, 31 de março de 2009

Manter o diploma é valorizar a democracia e a qualidade da informação!




Não costumo dar muita trela às questões corporativas, porque nem sempre concordo com a politicagem feita nos sindicatos e entidades representativas dos jornalistas, por isso até hoje nem sindicalizada sou. No entanto, não há como deixar de reconhecer o trabalho que vem sendo feito pelo Sindicato gaúcho e pela Fenaj em defesa do diploma de jornalista.

Digo isso porque nesta quarta-feira, dia 1º, será votado no Supremo Tribunal Federal o recurso que definirá pela manutenção ou não do diploma para o exercício da profissão. Coincidentemente, a data também marca os 40 anos da ditadura, o maior baque à democracia brasileira, o que pode não ser um bom presságio, ainda mais em pleno Dia dos Bobos.

Em todo o país, passeatas e vigílias estarão sendo realizadas em defesa da manutenção do diploma, tema que ocupará a pauta do STF a partir das 14h. Muito mais do que um ato corporativo, manter a validade do diploma de jornalista é preservar a democracia, o direito à informação de qualidade e respeitar os milhares de profissionais graduados no nosso país, que se dedicaram à formação profissional para garantir a prestação de um serviço de qualidade à população. Sim, por que acima de tudo, todo o jornalista é um prestador de serviço que tem a informação como produto.

Sabemos que, como em qualquer atividade, há os bons e maus jornalistas e que há muitos cronistas e colunistas de sucesso que não precisaram de um diploma para provar que são excelentes. No entanto, a partir do momento em que se tira a legitimidade que um diploma pode dar, a tendência é partir para a banalização da profissão, o que é lamentável.

Você não tem nada a ver com isso? Então pense nos jornais e revistas que lê diariamente, nas notícias em primeira mão que escuta nas rádios e nas imagens que te emocionam ou causam indignação quando vê um telejornal ou lê um site noticioso. Sem contar o trabalho dos assessores de imprensa, não menos importantes por não estarem na vitrine.

Vamos torcer pela valorização do diploma! E como diz a campanha desenvolvida pela Fenaj, em todo o Brasil, o jornalista com formação faz bem para a sociedade!

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