Ontem, enquanto esperava o ônibus, me chamou a atenção o carinho entre um casal de deficientes visuais. Embora estivessem parados em uma das mais movimentadas ruas do Centro, em plena “hora do rush”, o tempo para os dois parecia estar congelado. Indiferentes à pressa dos transeuntes, ao barulho dos carros e à movimentação da região, os dois trocavam carinhos e afetuosos abraços, encostados em um prédio, sem conseguir conter os sorrisos nos rostos.
A troca de carinho entre o casal, cena das mais comuns de se ver pelas ruas, me hipnotizou e eu não conseguia tirar os olhos dos dois. Não trocavam carícias maliciosas nem desrespeitosas, mas tocavam-se no rosto e abraçavam-se de uma maneira tão bonita e tão plena, que transpiravam felicidade. Se não fosse o fato de os dois segurarem suas bengalas, nem teria percebido que eram cegos.
Me vieram à mente, de imediato, duas frases feitas daquelas que a gente ouve de vez em quando e que, com certeza, não têm razão de ser: “Os olhos são a janela da alma” e “Com os olhos conhecemos todas as belezas do mundo”. Aquela cena, para mim, foi o exemplo máximo dessa constatação.
O casal talvez nunca tenha visto um o rosto do outro, não eram pessoas de uma beleza exterior inexorável, mas eram, com certezas, seres iluminados, felizes, apaixonados e conhecedores, provavelmente, do que de mais bonito uma pessoa pode trocar com outra: respeito, atenção, amor incondicional. Coisas que algumas pessoas buscam a vida toda e nem sempre têm a sorte de vivenciar.
Se para muitos é difícil imaginar a ausência da troca de olhares entre parceiros, ontem me certifiquei de que, realmente, não é o que mais importa. A intensidade do toque que trocavam mostrava que a importância desse contato estava muito além do simples acariciar. Através das mãos e dos dedos eles não só se acarinhavam, mas se reconheciam e expressavam afeto, como se estivessem, de fato, se olhando no fundo dos olhos.
Fiquei pensando nas dificuldades que os deficientes visuais enfrentam em seu dia-a-dia, mas também no exemplo de superação que dão para os que não têm nenhuma limitação física. Claro que, graças à evolução da educação especial e ao incentivo à inclusão, há muitos avanços nessa área.
O que ficou de mais forte para mim é que não devemos sentir pena dos deficientes, pois eles nos trazem exemplos de que não são nem nunca foram incapazes ou menos ativos. Apenas estão sujeitos a algumas limitações e falta de oportunidades. De resto, tiram de letra. Muitos, inclusive, fazendo questão de manter o sorriso no rosto, para reforçar a graça de estarem vivos! Que me perdoe o casal, pela invasão, mas achei a foto bonita demais!
A troca de carinho entre o casal, cena das mais comuns de se ver pelas ruas, me hipnotizou e eu não conseguia tirar os olhos dos dois. Não trocavam carícias maliciosas nem desrespeitosas, mas tocavam-se no rosto e abraçavam-se de uma maneira tão bonita e tão plena, que transpiravam felicidade. Se não fosse o fato de os dois segurarem suas bengalas, nem teria percebido que eram cegos.
Me vieram à mente, de imediato, duas frases feitas daquelas que a gente ouve de vez em quando e que, com certeza, não têm razão de ser: “Os olhos são a janela da alma” e “Com os olhos conhecemos todas as belezas do mundo”. Aquela cena, para mim, foi o exemplo máximo dessa constatação.
O casal talvez nunca tenha visto um o rosto do outro, não eram pessoas de uma beleza exterior inexorável, mas eram, com certezas, seres iluminados, felizes, apaixonados e conhecedores, provavelmente, do que de mais bonito uma pessoa pode trocar com outra: respeito, atenção, amor incondicional. Coisas que algumas pessoas buscam a vida toda e nem sempre têm a sorte de vivenciar.
Se para muitos é difícil imaginar a ausência da troca de olhares entre parceiros, ontem me certifiquei de que, realmente, não é o que mais importa. A intensidade do toque que trocavam mostrava que a importância desse contato estava muito além do simples acariciar. Através das mãos e dos dedos eles não só se acarinhavam, mas se reconheciam e expressavam afeto, como se estivessem, de fato, se olhando no fundo dos olhos.
Fiquei pensando nas dificuldades que os deficientes visuais enfrentam em seu dia-a-dia, mas também no exemplo de superação que dão para os que não têm nenhuma limitação física. Claro que, graças à evolução da educação especial e ao incentivo à inclusão, há muitos avanços nessa área.
O que ficou de mais forte para mim é que não devemos sentir pena dos deficientes, pois eles nos trazem exemplos de que não são nem nunca foram incapazes ou menos ativos. Apenas estão sujeitos a algumas limitações e falta de oportunidades. De resto, tiram de letra. Muitos, inclusive, fazendo questão de manter o sorriso no rosto, para reforçar a graça de estarem vivos! Que me perdoe o casal, pela invasão, mas achei a foto bonita demais!
Um comentário:
Me sinto orgulhoso de ser o primeiro a comentar o teu melhor texto e orgulhoso por tudo mais que vivemos.
Você está começando a ver e ver muito além do que a maioria.
Não pare jamais!
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