sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tem dia que nem o mantra me salva


Quem me conhece sabe que sou quase um Dalai Lama de tanta paciência – com exceção daquele período traumático logo após acordar e durante a TPM. Mas, ultimamente, não consigo me controlar em relação à quantidade de gente sem ter o que fazer e sem noção que cruza o meu caminho. Seja no trabalho, no elevador, na parada de ônibus, no supermercado. As pessoas parecem que cismam comigo.

Não sei se é porque tenho essa cara de certinha, mas, convenhamos, tem dias que a impressão que me dá é a de que eu tenho uma placa escrito CHAMA LOUCO em néon rosa-choque cravada na testa! Não é possível! Em dia como esses, como hoje, a vontade que tenho é de evocar aquele personagem do Michael Douglas no filme Dia de Fúria e sair fazendo tudo o que tenho vontade.

Xingar quem eu tenho vontade, responder com tolerância zero ou simplesmente mandar catar coquinho e ver se eu to na esquina. Ai gente, por favor, às vezes to no meio dum texto complicado e pá, um chama louco aparece. Não consigo passar indiferença, sabe, tento atender as pessoas com a melhor das intenções, mas tem uns abusos...

Esses dias apareceu um senhor, de aparência bem humilde, quase na hora de eu encerrar o expediente e pediu pra fazer uma ligação. Ok, parei o que tava fazendo na correria, louca pra ir embora, e fiz a ligação. Pediu outra. Ok. Pediu pra mandar um fax. Beleza. Ommmmmmmmmmm. Mas aí ele não se conteve e pediu mais uma ligação. Ah não, não deu. Expliquei que tava atrasada e que já tinha feito o possível. Não dá, vou virar telefonista de louco agora?

Ah, não dá. Outro dia eu sozinha, cheia de coisa pra fazer, o telefone tocando a torto e a direito e um cara todo metódico vem querer me convencer de que é jornalista e que faz trabalhos para alguns parlamentares, etc e tal. Daqueles que mentem pra mais de metro... eu sabendo que era baita falcatruagem e tendo que dar atenção... ai, não tenho mais saco. O pior é que cruzo com ele, volta e meia, pelo prédio, na sua peregrinação diária em busca de alguém disposto a ouvi-lo.

Como se não bastasse, teve ainda a história da velhinha toda arrumada que chegou a chorar pedindo que ajudasse ela a recuperar a casinha perdida, onde cuidava de mais de não sei quantos cachorros ou das dezenas de pessoas que chegam pedindo passagem pro Interior, comida, emprego.

Mas os melhores foram ontem: um evangélico tentando me catequizar e um senhor, todo serelepe, que veio apenas dar uma benção em nome de São Jorge! Gente, não riam, não é brincadeira! É sério... e eu não posso nem rir...
Por isso ando craque no mantra...OMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!

Um comentário:

flavia:) disse...

Ai, que nervosinha!! :P