Não quis entrar na interminável e absurda discussão acerca do escândalo das passagens aéreas dos deputados federais. As coisas começaram erradas no Congresso desde sempre e a impressão que tenho é de que a tendência é piorar. Isso sem entrar aqui no mérito da farra do Senado, que deve ser beeeem pior.
Pois bem, como se não bastasse o fato de os políticos eleitos legitimamente pelo nosso voto direto (será que eles lembram disso?) esquecerem do bem comum e “legislarem” em causa própria (ou das esposas, filhas, parentes, babás), ontem a Mesa Diretora da Câmara resolveu dar cabo das discussões sobre o mau uso das passagens aéreas com um ato administrativo que tornou as regras mais rígidas.
Até aí tudo bem, parecia até que conseguiríamos ver uma luzinha brilhante no fim do túnel. No entanto, a tal reforma administrativa anunciada como um bom presságio acaba é por abrir caminho para se conseguir um aumento salarial para os deputados.
Tudo porque haverá corte de benefícios, mas, em contrapartida, os deputados acabarão aprovando a necessidade de aumentar seus vencimentos para, assim, tentar equipará-los ao sonhado salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje de R$ 24, 5 mil. Claro que os nobres parlamentares temem um desgaste político ainda maior com a nova medida e, por isso, deverão aprovar agora apenas o pacote de corte de gastos da Câmara, deixando o aumento de salário provavelmente para 2011, quando já tiver passado a eleição e tantos deles obtiverem êxito em suas reeleições.
Pois bem, como se não bastasse o fato de os políticos eleitos legitimamente pelo nosso voto direto (será que eles lembram disso?) esquecerem do bem comum e “legislarem” em causa própria (ou das esposas, filhas, parentes, babás), ontem a Mesa Diretora da Câmara resolveu dar cabo das discussões sobre o mau uso das passagens aéreas com um ato administrativo que tornou as regras mais rígidas.
Até aí tudo bem, parecia até que conseguiríamos ver uma luzinha brilhante no fim do túnel. No entanto, a tal reforma administrativa anunciada como um bom presságio acaba é por abrir caminho para se conseguir um aumento salarial para os deputados.
Tudo porque haverá corte de benefícios, mas, em contrapartida, os deputados acabarão aprovando a necessidade de aumentar seus vencimentos para, assim, tentar equipará-los ao sonhado salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje de R$ 24, 5 mil. Claro que os nobres parlamentares temem um desgaste político ainda maior com a nova medida e, por isso, deverão aprovar agora apenas o pacote de corte de gastos da Câmara, deixando o aumento de salário provavelmente para 2011, quando já tiver passado a eleição e tantos deles obtiverem êxito em suas reeleições.
O que muito me espanta, e não sei por que ainda me espanto, é a “preocupação” dos integrantes da Mesa Diretora da Câmara em construir uma reforma que adote medidas (des) moralizadoras, mas que, ao mesmo tempo, não provoque uma rebelião parlamentar. Principalmente porque a fragilidade da imagem da Casa e do Parlamento como instituição, seriamente abalada pela enxurrada de denúncias e o péssimo uso da verba pública, é demasiada.
Agora é aguardar para ver se a dita “reforma arrojada” realmente sairá do papel, como tanto sonha o corregedor da Câmara, ACM Neto. Siiim, o nobre corregedor é nada mais nada menos do que o neto e mais um herdeiro político do finado Toninho Malvadeza!!!
Entre as medidas propostas pela Mesa, e que devem entrar em vigor hoje, incluem-se a limitação de viagens só para deputados e assessores, a redução de 20% nos valores, a proibição de emissão de bilhetes para o Exterior e a prestação de contas na internet.
É, já foi-se o tempo em que transparência e economia de recursos eram consideradas regras do processo políticos. Hoje, para serem aplicadas, precisam ser pontuadas quase como exceções. Haja voto no ano que vem!!
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