quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Ritmos sin fronteiras
Desde domingo tô para fazer esse post, apenas para comentar a maravilha do show Sin Fronteira, do qual tive o privilégio de assistir, dentro da programação do não menos maravilhoso Porto Alegre Em Cena, um festival de teatro, dança e música bacana aqui da terrinha.
Por conta da minha agenda maluca de trabalho, acabei não conseguindo comprar ingresso para nenhum dos espetáculos do Em Cena este ano, mas nos 46 do segundo tempo tive uma luz e consegui um par de entradas para esse show, na boca da bilheteria.
Fui assim, meio sem informação sobre o espetáculo, embalada pela cócega de estar de folga e querer um programa diferente com o namorado, e por gostar do trabalho do Vitor Ramil – embora o último show dele ao qual eu tenha assistido já faça uns 15 anos, mais ou menos. No entanto, a surpresa valeu o ímpeto!
O show reunia o Ramil, o gaúcho Marcelo Delacroix e os uruguaios Ana Prada e Daniel Drexler. Mais do que um espetáculo leve, alegre e divertido, foi uma celebração. No palco, o que se via era quatro amigos, brincando de fazer música e de entreter um teatro lotado.
Todos excelentes, acompanhados por uma banda brasiguaia também de alto padrão. Melodias e letras gostosas, comentários divertidos e até surpreendentes, como o fato de o show ter sido planejado e totalmente executado pelos cantores via e-mail, durante um mês de trocas de mp3. Antes das duas apresentações feitas em Porto Alegre, reuniram-se apenas três dias em um estúdio, para ensaiar e decidir quem cantava o que.
A voz de Ana Prada, o bom humor de Dexler e as músicas de Delacroix e Ramil casaram perfeitamente. Muito mais do que um simples show que passou, do que um momento de diversão, pra mim foi um aviso de que preciso, urgentemente, abrir minhas fronteiras e pesquisar mais sobre os hermanos uruguaios, que estão aqui, encostados na gente, mas menos celebrados culturalmente do que os argentinos.
Sin Fronteras, pra mim, foi a senha que eu precisava para despertar uma “uruguainidade” latente. Músicas, fotos, autores uruguaios já estão na minha lista. Agora só falta planejar uma ida a Montevidéu, para provar que nossas fronteiras estão cada vez más cerca de aqui!
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Um comentário:
Guria, eu comecei pela ida a Montevideo, que despertou em mim essa vontade de saber mais desse povo tão irmão e tão distante. Sou parceira na empreitada!
Bj
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