terça-feira, 2 de março de 2010
S.O.S conforto
Definitivamente, conforto é uma das coisas que passei a dar mais valor depois dos 30. Antes, qualquer canto estava bom pra eu dormir, agora exijo cama feita. Antes, ficava em qualquer barraca pra curtir um feriado. Hoje, quero um hotelzinho que pelo menos tenha um bom colchão e um chuveiro quente. Antes, um sanduíche ou uma miojo bastavam. Agora, quero conhecer restaurantes, planejo jantares, preparo comidinhas com verdadeiros rituais para os que amo.
Antes, tinha um sofá-cama duro na sala, porque era barato e bastava. Hoje, não me imagino mais sem meu mega sofazão laranja. Antes, não ligava para carro completo, queria um que apenas me levasse com segurança para bater minhas tranças. Hoje, não me imagino mais sem o ar condicionado e a direção hidráulica. Vai entender!
Pensei isso hoje, porque ao procurar na casa do meu namorado uma roupa pra vir trabalhar, quase lamentei por não ter uma sandália ou sapato de salto por perto, já que a bagagem da mochila só tinha espaço para uma melissinha e outra sapatilha também baixa. Mas aí me dei conta que há tempos tenho evitado os saltos e sapatos duros, porém elegantes. E assim também tem sido na vida. Salvo algumas situações sobre as quais realmente não posso ter ingerência, o conforto tem sido minha prioridade.
Se o trabalho impõe situações que me desagradam, não fico mais quieta. Reclamo, argumento, explodo (com classe, claro!). Desconforto verbal também não vale! Mais um final de semana sem folga? Se é inevitável, vamos lá, faz parte. Mas não me peça para sorrir ou manter o bom humor costumeiro. As pessoas percebem, perguntam o que eu tenho e não fico quieta, estou cansada, ponto.
Com os mais próximos também tenho mostrado menos tolerância. Ando
sem paciência para as reclamações de sempre, para chorumelas sem ação ou reação. Querem que eu ajude a buscar uma solução, estou a postos! Mas só choro não dá. Estagnação corrói a alma. Pessoas que muito lamentam têm me irritado, pronto, falei!
E assim tem sido com o salto alto. Tudo bem que fica mais elegante, mais bonito, alonga a minha silhueta nanica. Mas vale a pena ficar com calos, dor e machucados por dias? Sinceramente, não vale. Não preciso mais fingir que estou confortável com bicos finos, tiras apertadas e saltos de 10cm, quando na verdade sonho com um chinelinho bem fuleiro ou, melhor, com os pés descalços e pra cima por aí.Conforto é tudo, acreditem! Estamos em 2010, pra que continuar fingindo ter, ser, estar algo que não condiz com o que se quer?
Pra mim, não é o que demonstramos aos outros ou a circunstância em si que valem, mas sim o espírito com o qual enfrentamos as coisas do dia a dia, isso sim constitui o nosso verdadeiro conforto. É isso e tenho dito!
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2 comentários:
Fernanda me identifiquei completamente. Ás vezes meus amigos chamam para alguma aventura selvagem e a primeira coisa que pergunto é "tem cama, chuveiro, comida pronta?" kkkkk
Parece que vamos ficando mais exigente e com isso mais exaustos também!
Vivo nesse salto, que além dos calos, dores na perna e cansaço, ainda afeta circunstancialmente a coluna que é muito pior, quando chego pelas 10hs da noite, já era mooooooooooorta de cansada, rezando por um banho, sandálias de dedo e ainda aquele pijama ridículo que se alguém ver eu morro kkkkkk
EStou na fase do SOS conforto!
bjs e ótima semana!
Olá...cheguei aqui entrando de blog em blog e achei interessante o tema! heheh
Ainda estou na fase do QUALQUER MIOJO E GRAMA SERVE PARA COMER E DORMIR! ehhehehe
Coisa da idade: FATO!
Bjosss e boas reflexões!
.Olívia.
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