Ele conseguiu! A ditadura revestida de revolução de Hugo Chávez na Venezula foi referendada por mais de 6 milhões de eleitores (cerca de 54% dos votantes) do país. Com isso, o comandante Chávez garantiu a aprovação da emenda constitucional que lhe permite disputar um número ilimitado de reeleições consecutivas, tornando o país regime de um líder só. Ao comemorar o resultado, o presidente ad eternum afirmou que agora começaria o terceiro ciclo de sua revolução e que estava disposto a consumir toda a sua vida “ao serviço do povo venezuelano”.
Para muitos, a vitória representa a conclamação popular e o fortalecimento da revolução bolivariana iniciada pelo presidente e, que, segundo seus apoiadores, é o verdadeiro abrir das portas da Venezuela para o futuro. Assumior a vanguarda da América Latina sempre foi desejo do líder, que não tem poupado esforços para romper paradigmas e manter a revolução cada vez mais forte.
Para o povo que votou com ele, Chávez trouxe comida a preços baixos, educação gratuita e atendimento de saúde de qualidade, além de voz aos venezuelanos oprimidos. Já para os que tentaram derrubar esse sistema – grande maioria dos estudantes do país, por exemplo- , votando contra (mais de 5 milhões de pessoas), o presidente representa acúmulo extremo de poder, retrocesso e, a partir de agora, onipotência sem limites.
O militar assumiu a presidência da Venezuela em 1999, para um mandato inicialmente previsto de cinco anos, pondo fim a quatro décadas de domínio dos chamados partidos tradicionais. Foi reeleito em 2006, com quse 63% dos votos, e ao reassumir ganhou poderes amplos. Neste período, a única derrota sofrida por ele, apesar da forte oposição ao seu domínio, foi registrada em 2007, quando Chávez foi derrotado por uma diferença mínima (50,7% a 49,29%) em um plebiscito no qual tentava ampliar seu tempo na presidência.
Desde lá, passou a se dedicar mais à reforma constitucional e obteve, agora, o êxito esperado. Com sua ditadura revestida de governo, Chávez diz que quer devolver a essência à Venezuela. Ou quem sabe tornar-se um novo Fidel?
Um comentário:
Mas aqui também vivemos na ditadura! O povo embriagado de futebol, novela e BBB aceita tudo. E quando tenta protestar, como no caso da nossa monstruosa governadora, ainda é censurado pelas instituições que deveriam garantir seu direito de expressão.
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