Tenho tido a sensação de estar fora da área de cobertura ou temporariamente desligada, sabe? Um estar constante no piloto automático. Pensei que a “carnavalescência” me faria recuperar o fôlego, mas não.
Consegui superar o torpor de antes, mas me sinto sendo levada pela maré. Sem resistência, inclusive. O vento sopra para a direita? É para lá que eu vou. Desvia um pouco para o leste? Me jogo junto, agarrada à rosa dos ventos.
Não é questão de conformismo ou inércia. Sei que o conformismo é o maior carcereiro da liberdade e que a inércia pode ser um caminho sem volta. Não é por aí o meu momento, acho que o que está acontecendo tem mais a ver com um sentimento de inquietude.
Tenho tido uma agitação interna e já faz dias. Sensação de estar sempre com uma pulga atrás da orelha. O mais curioso é que, embora por fora eu pareça presa à cadeira, por dentro vivo e sinto um turbilhão de coisas. São questionamentos internos, vontades, dúvidas. E se eu fizesse isso? E se retomasse aquele projeto? E se me dedicasse mais a outras idéias?
Na verdade, o ano novo está começando só agora, quem sabe não está na hora de eu rever minhas resoluções? Colocar uma atividade física na minha rotina, escrever e ler mais, fazer aquela viagem? Mais serena e mais permissiva comigo mesma eu já ando e isso já me deixa feliz.
Cuido mais de mim, tenho conseguido me dar ao luxo de ter tempo livre para fazer o que me dá na telha, ou simplesmente nada, continuo antenada ao trabalho, mas muito mais a mim. Acho que essa é minha grande atitude de agora e talvez minha inquietude esteja no fato de ainda não saber lidar direito com isso.
Bem- vindo 2009 e prepare-se minha rosa dos ventos!
Um comentário:
O vento não é só ar quente batendo contra ar frio. O vento é um espírito ancestral que ama quem não tem medo de se deixar levar por ele. Aproveite!
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