quinta-feira, 28 de maio de 2009

Equívoco administrativo ou eleitoral???


Gente, juro que não é perseguição! Não conheço o Maranhão nem o Amapá, redutos eleitorais dos Sarney, por isso não tenho como ter algum tipo de diferença com o nobre ex-presidente e atual presidente do Senado, José Sarney. No entanto, mais uma vez, ele deixou na reta e eu não consegui me conter.

Por toda a sua biografia, Sarney não mereceria nem meia linha dos meus escritos, mas ele tem colaborado, ah se tem! Quem vai acreditar, nessas alturas do campeonato, e diante de todo o currículo desabonador do Marimbondo de Fogo, que ele realmente nunca requereu o auxílio moradia que recebe há mais de um ano??? Foi a mesma coisa quando assinou as horas-extras do funcionário de seu gabinete em plenas férias, sempre há uma desculpa ou um bode expiatório pra receber a culpa. Nesse caso, a administração do Senado...

Achando que teve uma atitude nobre, agora Sarney diz que já mandou retirar o benefício “que nunca requereu” e pediu desculpas por ter passado informação errada aos jornalistas, quando disse que nunca recebera o auxílio moradia pago aos parlamentares.

Matéria da Folha de S. Paulo de hoje mostra que sim, Sarney e outros três parlamentares menos conhecidos vinham recebendo auxílio-moradia de R$ 3,8 mil mensais, mesmo tendo residência fixa em Brasília. Não sei vocês, mas eu me sinto a trouxa das trouxas! Graças a Deus Sarney não é do meu domicílio eleitoral, mas quantos parlamentares gaúchos devem estar na mesma situação? Nem é bom pensar!

A justificativa dada por Sarney parece deboche, mais um, aliás: “Nunca pedi auxílio-moradia e, por um equívoco (da administração) a partir de 2008 começaram a depositar na minha conta o auxílio-moradia. Já mandei retirar, porque nunca requeri e tinha a impressão de que não estava recebendo”, disse o senador. Agora, havia previsão de ele liderar uma reunião com a Mesa Diretora para discutir assuntos internos, incluindo neles o pagamento irregular de auxílio-moradia. Pelo menos ele finge não se lixar para a opinião pública... haja paciência!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Às minhas amigas leoas


Ultimamente, e não sei se é coisa típica de balzaca, ando me emocionando facinho, facinho. Um casal de velhinhos de braços dados na rua, um bebê sorrindo no carrinho, uma música bonita no rádio do carro e até, pasmem, comercial de margarina! Não choro de soluçar, mas aquela lagriminha sorrateira no canto de olho cai sem cerimônia e, pronto, o nariz fica vermelho e me vem aquele chorinho gostoso, sabe?

Pois bem, ontem me emocionei ao reencontrar uma amiga querida, daquelas quase-irmãs, que veio me visitar no trabalho. Não nos víamos há um mês mais ou menos, ela se mudou pra cá direto de Floripa- onde passei um dos melhores Anos Novos da vida, na companhia da família dela – e andava envolvida com a mudança e com o maior acontecimento da vida dela, a chegada da Clarinha, hoje no sexto mês de gestação.

Minha amiga parece a Pimentinha, aquela personagem dos quadrinhos, pequena e sardentinha, daquelas que dá vontade de apertar só de olhar. Mas agora, barrigudona e com a Clarinha prestes a dar oi para o mundo, ela está diferente. Continua apertável como sempre, mas está mais linda, mais forte, serena e feliz!

A mesma força que vi primeiro na Lezinha, com seu pequeno Dudu, e mais recentemente na Marlinha, hoje envolta na serelepe e gorducha Valentina, e na Mari, que há um mês me apresentou o cabeludo e moreninho Thomas. Aquela força que achava ser mero clichê, chamada de plenitude da gravidez.

Acompanhei, da minha maneira, um pouco da gestação das três e me senti tão orgulhosa em ser amiga delas. Em vê-las se transformarem de gurias em mães, em mulheres fortes, verdadeiras leoas prestes a protegerem seus rebentos.

Falando em rebentos, li hoje uma entrevista do Rodrigo Hilbert sobre sua transformação de modelo-ator em pai de gêmeos e a relação com a esposa Fernanda Lima. Dele saiu uma frase tão bonitinha, que resolvi reproduzir aqui, pra encerrar:

“Depois que ela (Fernanda Lima) colocou meus filhos pra fora, tem direito a tudo. Eles nasceram de parto normal, coisa que para gêmeos é complicada. A Fernanda no maior trabalho e eu ali, de mãos atadas, pensando: ‘Passa um pouco dessa dor pra mim’. Tentava acalmá-la, mas estava tudo nas mãos dela. Então ela pode fazer o que quiser. Sou apaixonado demais”.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Voando as tranças


No último final de semana me reencontrei um pouco com um passado nem tão distante, época em que eu trabalhava no Interior. Passei por algumas cidades e estradas antes familiares e que me resgataram muitas lembranças, na maioria boas.

O cheiro de terra, as paisagens tomadas de campos verdes de soja (secos, mas ainda assim bonitos) e amarelos de milho, tudo como era antes. Aquela paisagem colorida e bucólica que, para uma porto-alegrense da gema, como eu, só se vê em fotos. A grandiosidade prateada dos imensos silos espalhados pela estrada e a terra, muita terra verde pelo caminho, me fez agradecer por nascer em um estado rico e pujante como o nosso.

Certa vez viajei por uma pequena parte do interior de Pernambuco e lembro de ter me espantado com a aridez da paisagem, com a seca, a falta de verde e de vida, inversamente proporcional à paisagem que temos por aqui.

Mas nessa minha rápida volta ao Planalto Médio, o que me chamou mais a atenção foi a pressa das pessoas. Foi-se o tempo em que cidades do Interior eram sinônimo de atraso.

Hoje em dia, as lanhouses dominam as avenidas principais, as lojas exibem a mesma moda que encontramos em qualquer shopping de “cidade grande” e os carros, em número cada vez maior, poluem as avenidas da mesma forma que nas grandes metrópoles. Uma pena, resultado da tal globalização?

Talvez o que ainda diferencie o povo “interiorano” dos cidadãos que vivem nas capitais é a hospitalidade, o jeito alegre de receber o visitante e de se colocar à disposição. Sempre solidário, com um sorriso no rosto e demonstrando prazer em ajudar ao próximo.

Apesar da crise pela qual passam as cidades do Interior, a beleza dos prédios históricos e dos hotéis de arquitetura antiga ainda são de encher os olhos de pessoas que, como eu, não têm parentes fora de Porto Alegre. Não conheço nem uma centena das 496 cidades gaúchas, mas, apesar do desgaste de viajar mais de mil quilômetros em um mero final de semana, posso dizer que sempre vale a pena fazer uma mala e voar as tranças por aí.

Deixar de olhar apenas para o próprio umbigo e tirar sempre alguma percepção boa da situação pela qual passamos, é isso que devemos sempre levar e conta. Se o trabalho nos obriga a fugir da companhia daqueles que amamos ou nos afasta dos confortos da cidade, okay, vamos conhecer lugares e paisagens novas, trocar impressões e, acima de tudo, vivenciar. Ou não é para isso que estamos aqui, hein?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O ideal da gente é a gente que faz!


Não gosto muito de clichês e geralmente não tenho a mínima paciência para aquelas frases quase de auto ajuda que nos orientam a reparar mais nas flores, no canto dos pássaros, nas pessoas na rua. No entanto, posso garantir que tive um final de semana dos mais comuns, de contemplação, pacatos e felizes dos últimos tempos.

Com a chegada definitiva do friozinho, aproveitei a incomum falta de compromisso – cada vez mais rara – para dormir até mais tarde no sábado e tomar um bom e demorado banho (nem lembro há quanto tempo não desfrutava disso, um banho light, sem pensar na roupa que ia vestir segundo depois, nos compromissos e tarefas que seguiriam dali ou no tempo que eu perderia secando o cabelo), sem me preocupar com nada, a não ser comigo mesma.

Dali, aproveitei a companhia agradabilíssima e querida - e menos frequente do que o desejado - da minha mãe e engatei um almoço a duas em um dos nossos restaurantes mais queridos e gostosos. Sem pressa, sem preocupações e livre dos assuntos sérios do dia a dia, saboreamos o papo, o prato e aquela sintonia inigualável que só existe entre mães e filhos, aquele sentimento de troca e de amor incondicional que não é nada fácil de expressar por escrito, mas que é facinho, facinho de sentir.

Aproveitando o dia lindo de sol, passeamos abraçadas por uma feira de artesanato da cidade, tomamos sorvete e ainda fomos a uma feira livre comprar frutas e verduras. Tem programação mais comunzinha e não menos adorável do que essa????

Encerrei a noite com um jantar preparado pelo meu namorado – o primeiro de muitos, eu espero! – um vinhozinho e uma sensação de aconchego tão grande, mas tão grande, que nos fez sepultar a ideia de sair para dançar, preferindo a tradicional programação filme-sofá e encerrando a noite dormindo num abraço dos mais apertados que já tive.

O dia seguinte não foi muito diferente. Mais um despertar tardio, almoço fora, muita caminhada no sol, abraços, jantarzinho em casa, vinhozinho. Há algum tempo não dava tanto valor a esse cotidiano. Uma sensação nada piegas de felicidade plena, de paz, de serenidade, acho que mais ou menos aquilo que os publicitários tentam nos mostrar nos comerciais de margarina.

Estar com quem a gente gosta, não ter hora pra nada, fazer o que bem der na telha e quando der... isso sim é ideal de vida! Trabalhar é bom? Sim, é, mas cá pra nós, é bem mais necessário do que prazeroso – e isso que tenho prazer no que faço.

A qualidade de vida que tanto almejamos não deveria ser diferente do que esse final de semana que eu tive. Não sou médica, mas posso comprovar que estar com a cabeça tranquila diminui a pressão arterial, gera menos estresse, injeta nos nossos organismos doses e mais doses dos hormônios essenciais ao bem viver, retarda o envelhecimento e, acima de tudo, nos faz lembrar que estamos vivos e a que, de verdade, viemos nesse mundo.

A receita é simples e não foge muito do que dizem os tais livros lugar-comum de auto ajuda que entopem as pilhas das livrarias: temos de nos permitir mais e ponto final. O começo não é fácil, há sempre a tentação de atender ao telefone quando o chefe liga fora do horário de expediente, de aceitar o convite pra aquele café com a amiga que só te põe pra baixo ou de aceitar as coisas do jeito que os outros querem nos impor. Na boa, temos de experimentar mais!

Final de semana que vem será de muito trabalho e de me privar da companhia daqueles que eu amo e do meu ideal de descanso. Mas a certeza de que o seguinte virá já está me deixando com aquele sorriso bobo na cara!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Apartheid arquitetônico


Tive a intenção de escrever antes sobre o tema, mas acabei me perdendo e não o fiz. O assunto em questão é o absurdo do projeto de construir muros separando as favelas do Rio dos demais bairros. Um apartheid arquitetônico e pronto, tudo resolvido!

A solução apresentada beneficia a população dos bairros nobres, já que o muro seria feito entre as favelas e os bairros ricos. Pronto! Segregação que já ocorria na cabeça das pessoas, agora será institucionalizada e arrematada com massa corrida.

O assunto acabou caindo na ONU e causou, graças a Deus, constrangimento ao governo brasileiro. Durante uma reunião de apresentação dos projetos sociais que vêm sendo implantados no país, um dos técnicos da ONU questionou a medida à delegação brasileira e condenou a ação que, segundo ele, estaria causando uma “discriminação geográfica”.

Pelo projeto do governador Sérgio Cabral, 11 favelas cariocas deverão ser cercadas por muros até o final do ano. A primeira será a Dona Marta, em Botafogo, que ficou famosa por servir de cenário para a gravação de um clipe do Michael Jackson e era liderada pelo traficante Marcinho VP, personagem principal do livro Abusado, do jornalista Caco Barcellos. Por lá, a obra já começou e está prevista a construção de uma barreira de 600 metros separando a favela da mata.
Uma das mais violentas do Rio, a favela está ocupada pela Policia Militar desde o fim do ano passado e voltou aos noticiários no início de 2009, devido à instalação de uma rede wireless gratuita no morro, para uso da comunidade.
O governo já licitou obra semelhante para construir seis quilômetros de concreto ao redor dos morros da Rocinha e Chácara do Céu e Pedra Branca. No entanto, a Defensoria Pública informou que pode tomar medidas para impedir a instalação das barreiras de concreto.

Onde está com a cabeça o governador fluminense? Como achar que limitando os direitos da população do Santa Marta vai resolver a violência, a criminalidade e minimizar o tráfico? Ninguém aqui é favorável ao crescimento irregular das favelas, mas daí a separá-las das “belezas” do Rio, é agravar um problema social que está no cerne da formação do Rio e de tantas capitais brasileiras.
Apesar de admitir que está ciente da polêmica e das controvérsias, o governo tenta frisar que a lógica do projeto é ambiental e que os muros não irão cercar totalmente as favelas. Que vergonha...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mundo cão



Há certas notícias que, por mais que a gente leia, ouça ou veja, custa a acreditar que são reais. Normalmente são o espelho de uma sociedade totalmente desagregada, da falta de valores ou da perda total de limites.
A que me espantou hoje veio de Maceió e diz respeito ao absurdo que cometeram contra um bebê de três meses.

Pois bem, a bebê dormia em casa e foi seqüestrada por uma ex-namorada do pai (uma adolescente de 14 anos) que, para atingir o cara, colou os olhos, a boca e a genitália da criança com Superbonder. Pois é, podia ter cegado ou matado a criança.

Depois dessa crueldade absurda, a menina foi abandonada na porta de uma casa, localizada a cerca de 500 metros da residência dos pais. Internada no pronto-socorro da cidade, passou por cuidados médicos para descolar o corpo e recebeu alta nesta manhã. Isso porque o anjo da guarda das crianças é megapoderoso!O pai da menina, que tem 20 anos e trabalha como servente de pedreiro, e a mãe da bebê, de 16, estavam dormindo (mas que sono pesado, hein?) quando tudo aconteceu e não viram nada... Segundo o pai da menina, a ex-namorada nunca se conformou com o fim do relacionamento e vinha fazendo ameaças. Ah ta...

A identidade da seqüestradora só foi identificada porque o rapaz identificou uma sandália da moça caída perto da porta de sua casa. Alguma dúvida de que ele ainda vê a dita cuja? Como ia identificar a sandália da ex? Fala sério!
Moradores da região revoltados, chegaram a agredir e a tentar linchar a adolescente, que foi socorrida por policiais militares. Levada à Delegacia da Criança e do Adolescente, a garota negou as acusações.

Esse é o tipo de notícia que é bom espalhar, pra gente ver bem do que o ser humano é capaz, mas nem vale comentários. Agora, que a relação desse pai e dessa louca tá confusa, ah tá! Que mundo cão é esse, gente???

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Wolverine e o mistério do adamantium


Ontem cedi aos encantos do Wolverine e acompanhei, sem sacrifício algum, diga-se de passagem, meu namorado à salona. Pela mídia toda que o filme recebeu e a promoção que vem sendo feita, inclusive com a vinda do talentoso e não menos charmoso Hugh Jackman ao Brasil, minha expectativa era alta.

Desculpas aos que ainda não viram, mas devo confessar que me decepcionei com o filme. Tá, tem muita ação, jogo de cena e belos desfiles de músculos, mas faltou conteúdo. E não venham me dizer que filmes de ação, realismo fantástico ou de super-heróis não têm conteúdo! Pode parar!

Os próprios filmes anteriores da série X-Men eram bem mais interessantes, roteiristicamente falando. O problema é que é muita ação e enredo fraco, sem contar a péssima mania adotada pelos estúdios de Hollywood de os filmes passarem a não ter mais fim, para dar margem a continuações intermináveis. Já pensou Wolverine 6?

Mas estaria mentindo se dissesse que não me rendeu duas horas de diversão. Cheguei a rir nas passagens em que Logan tenta convencer como homem comum, com mulherzinha, casinha nas montanhas e vida simples de lenhador. Com toda aquela musculatura e arranhando a mulher quando tem um pesadelo? Ahhhhh tá!

Mas vale pela performance do excelente ator australiana e pela beleza da atriz que faz sua namorada no filme, a para mim desconhecida Lynn Collins. Também pela criatividade dos “poderes” dos mutantes que aparecem de coadjuvantes. Tem coisas hilárias!

Mas cá entre nós, o que rouba a cena mesmo são os bíceps avantajados do Hugh Jackman, ou melhor, do Wolverine. Não é à toa que o ator já lidera listas e mais listas como o homem mais sexy do mundo. Mas essa característica de Jackmann não me chamou atenção apenas pelo fato óbvio, mas sim por ter percebido que ele e os outros mutantes são atores de biotipo magro e que, de uma hora para outra, foram obrigados a malhar exaustivamente, a comer proteína enjoadamente e a consumir um que outro anabolizante, já que ninguém fica Wolverine em um simples piscar de olhos!!

O próprio Jackman é bailarino, faz musicais da Broadway, e não nasceu para ser um Mr. Olímpia dos músculos. No entanto, não se fez de rogado, suou a regatinha em nome do personagem e dos milhões de dólares que serão acumulados no seu bolso, e não faz nem um pouco feio no quesito bícepes do ano.

Aliás, hoje li que ele deu uma coletiva no Rio e, empolgado com o assédio das brasileiras, as quais catalogou de “as mais bonitas do mundo” (depois da sua mulher, é claro), disse que não entendia por que elas gostam tanto do Wolverine. Ah não??? Faz-me rir, Hugh!!!

Mas pra encerrar o assunto Wolverine, só mais uma observaçãozinha acerca do filme. A indústria cinematográfica americana continua trabalhando a favor dos homens e contra as mulheres. Afinal, o que justifica o fato de o personagem Wolverine passar boa parte do filme correndo e pulando nu e em nenhuuuuum take aparecer em nu frontal? Se fosse uma mulher a protagonista, a situação seria bem diferente, né?

Ô mentalidadezinha falso-puritana dessa gente, credo! E não falo aqui pra evocar a pura sacanagem, mas por que o nu, de qualquer um dos gêneros, é natural e lindo. Mas só o feminino aparece na mídia, no cinema, nas novelas e até nas revistas mais conceituadas. Enfim, ainda há muito a se evoluir... Santa Simone de Beauvoir!!!

O saldo foi que acabei o filme com gostinho de quero mais na boca e uma dúvida cruel que ainda domina minha mente: será que a genitália do Wolverine também é de adamantium? Alguém pode me tirar essa dúvida cruel??? Hahahahaha

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Abaixo às panelas


Folheando os jornais no último feriadão me deparei com uma avalanche de anúncios alusivos ao Dia das Mães, que se aproxima. Até aí tudo bem, afinal é sabido que o comércio aguarda ansioso pela data, uma das mais gordas para os lojistas e donos de restaurante, e apela para tudo o que santo, tudo o que é bolso e gosto. No entanto, o que me chamou a atenção e causou espanto foi a oferta dos produtos sugeridos para presentear as mães.

Em páginas e páginas não vi nada além de panelas, celulares e eletrodomésticos nos anúncios. Nada diferente. Ou seja, os publicitários querem dar a entender aos filhos que as únicas coisas que as mães fazem é cozinhar, organizar a casa e falar ao telefone!

Partindo do princípio de que toda mãe é, acima de tudo, mulher, e com um grauzinho que seja de vaidade, como é que não passa pelas pesquisas do mercado publicitário que mãe também gosta de ganhar lingerie, perfume, cosméticos, bolsa, sapato e uma roupa- nem que seja um pijaminha novo para ficar quentinha em casa, né?

Não tive o privilégio, ainda, de ser mãe, mas noto que há uma certa tendência social de anular a mulher depois que ela tem filhos. Como se depois de parir ela deixasse de ser mulher e passasse apenas a ser mãe. Muitos filhos, inclusive, adotam essa conduta, às vezes sem perceber, e agem como se as mães fossem até assexuadas. O cúmulo, né?

Mães podem e devem sim ser sexies e manter a vaidade à mil, mesmo porque, para multiplicar o amor que têm pelos filhos, devem primeiro se amar. Mães são mulheres, sempre, e gostam de roupa nova, de perfume, de batom e de quebrar a sisudez do dia a dia com uma bela lingerie para ser mostrada a quem valha a pena.

Pois bem, na semana que antecede a data em que coroamos a mulher mais importante do nosso mundo, sem sombra de dúvidas, sugiro aqui um manifesto: Diga não às panelas e sim à lingerie! As mamães agradecem!