terça-feira, 16 de junho de 2009

Obsolências do dia a dia


Ontem, na corrida para uma reunião fora, e na falta de um bloquinho ao alcance da mão, acabei apanhando uma agenda que repousa quase que abandonada na minha mesa de trabalho. Conforme a reunião ia avançando, me dei conta de que a pobre agenda, antes artigo de primeira grandeza para qualquer vivente, passou a ser totalmente relegada no nosso dia a dia.

A minha, em pleno mês de junho, está um pouco empoeirada pela falta de uso, deve ter no máximo 10 páginas preenchidas com alguma anotação, cálculo de despesas ou lembrete de aniversário de algum amigo. E só. Há uns três anos, se eu saísse do trabalho sem ela ou passássemos um final de semana afastadas, o céu desabaria sobre a minha cabeça. O caos estaria formado e eu me sentiria mais perdida do que cusco em procissão, completamente desamparada!

É o avanço dos tempos, reflexo puro do domínio crescente da tecnologia! Primeiro vieram as agendas eletrônicas, seguida pelos palmtops, agora o iphone. No meu caso, utilizo o bom e velho celular mesmo. Ele é minha agenda de bolso, de bolsa, de cabeceira. Me permite armazenar recados, avisos de compromissos importantes, fazer cálculos. Tudo o que a velha agenda de papel permitia no século passado, mais a facilidade de ouvir rádio, entrar na internet e ainda, pasmem, falar! E isso que o meu celular é simplinho e nem tem o tal do GPS, o MP3, etc.

Fiquei pensando no prejuízo que as fábricas de brindes têm tido nos últimos tempos. Renderia uma boa matéria de economia. Antes, empresa que distribuía agendas nos finais de ano se destacava. Conseguir uma era uma disputa só, artigo de luxo entre colegas de trabalho, que sentiam-se privilegiados e prestigiados por clientes, fornecedores, colaboradores.

Hoje, um exemplar como o meu, que é super bonitinho, inclusive, acaba virando bloco, peso de papel, enfeite ou até entulho de mesa mesmo. Já pensou o que será do celular que temos hoje daqui a uma década? Cruz credo, nem é bom pensar ainda!

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