Poucas coisas me trazem lembranças tão agradáveis quanto a infância. A minha foi saudável, tranquila, feliz e tenho certeza que esses foram fatores determinantes para que eu me tornasse uma adulta sem traumas, neuras nem grandes conflitos.
Minhas memórias mais remotas, às vezes, vêm repletas de cheiros, imagens e até risos. Esses dias me peguei diante de uma cena congelada do meu aniversário de três anos. Lembro da agitação, da minha alegria e até do vestido quadriculado branco e laranja que eu usava.
Também me recordo corriqueiramente de estar no colo dos meus avós, de viajar com eles para a praia e ir dando formas às nuvens que cruzavam nosso caminho pela estrada. Lembro ainda de uma capa de chuva plastificada vermelha com bolinhas brancas que minha mãe me trouxe do Rio, com a sombrinha combinando, cuja qual eu queria vestir ao sinal do primeiro pingo de chuva, fosse verão ou inverno, combinando com galochas vermelhas, é claro!
Depois, me vêm algumas lembranças da escola, da convivência com meus irmãos, mas menos claras do que as dos meus primeiros três, quatro, cinco anos de vida. Estudos garantem que o cérebro só armazena estímulos que foram importantes para as crianças. O restante é descartado com o tempo. Pode estar aí a explicação das boas lembranças me serem de tempos tão remotos.
Digo isso porque ontem fui ao cinema e, ao comprar um simples pacotinho de chocolates na bomboniére, tive a impressão de estar voltando ao tempo, às sessões de cinema das matinês da minha infância. Ao abrir o pequeno – e a cada vez menor – pacote de Bib´s (um confeito de amendoim crocante coberto com chocolate, fabricado por uma empresa genuinamente gaúcha, não sei se é vendido fora daqui) me vi sentada em um dos antigos e imponentes cinemas de bairro que uma hora existiam em Porto Alegre, época em que os shopping centers só eram conhecidos de quem viajava ao Exterior.
Tive uma sensação tão boa, um déjà vu daqueles que só fazem bem, sabe? O barulho do pacotinho laminado, o formato do doce e até o cheiro do chocolate me trouxeram boas lembranças. A sensação foi tão confortante, tão forte e tão boa que o filme teve um gosto ainda mais especial. Aliás, o filme também era doce, o libanês Caramelo.
Às vezes, na correria do dia a dia, a gente esquece das coisas simples, aquelas que podem passar despercebidas para os outros, mas que detêm um significado tão valioso, mas tão valioso pra gente, que bastam estarem vivas nas nossas memórias para fazerem bem. Recomendo o exercício!
Minhas memórias mais remotas, às vezes, vêm repletas de cheiros, imagens e até risos. Esses dias me peguei diante de uma cena congelada do meu aniversário de três anos. Lembro da agitação, da minha alegria e até do vestido quadriculado branco e laranja que eu usava.
Também me recordo corriqueiramente de estar no colo dos meus avós, de viajar com eles para a praia e ir dando formas às nuvens que cruzavam nosso caminho pela estrada. Lembro ainda de uma capa de chuva plastificada vermelha com bolinhas brancas que minha mãe me trouxe do Rio, com a sombrinha combinando, cuja qual eu queria vestir ao sinal do primeiro pingo de chuva, fosse verão ou inverno, combinando com galochas vermelhas, é claro!
Depois, me vêm algumas lembranças da escola, da convivência com meus irmãos, mas menos claras do que as dos meus primeiros três, quatro, cinco anos de vida. Estudos garantem que o cérebro só armazena estímulos que foram importantes para as crianças. O restante é descartado com o tempo. Pode estar aí a explicação das boas lembranças me serem de tempos tão remotos.
Digo isso porque ontem fui ao cinema e, ao comprar um simples pacotinho de chocolates na bomboniére, tive a impressão de estar voltando ao tempo, às sessões de cinema das matinês da minha infância. Ao abrir o pequeno – e a cada vez menor – pacote de Bib´s (um confeito de amendoim crocante coberto com chocolate, fabricado por uma empresa genuinamente gaúcha, não sei se é vendido fora daqui) me vi sentada em um dos antigos e imponentes cinemas de bairro que uma hora existiam em Porto Alegre, época em que os shopping centers só eram conhecidos de quem viajava ao Exterior.
Tive uma sensação tão boa, um déjà vu daqueles que só fazem bem, sabe? O barulho do pacotinho laminado, o formato do doce e até o cheiro do chocolate me trouxeram boas lembranças. A sensação foi tão confortante, tão forte e tão boa que o filme teve um gosto ainda mais especial. Aliás, o filme também era doce, o libanês Caramelo.
Às vezes, na correria do dia a dia, a gente esquece das coisas simples, aquelas que podem passar despercebidas para os outros, mas que detêm um significado tão valioso, mas tão valioso pra gente, que bastam estarem vivas nas nossas memórias para fazerem bem. Recomendo o exercício!
3 comentários:
Memórias e as impressões que deixamos nos outros, coisas que o vento não leva e o tempo não desfaz
Eu tb adorei Caramelo!!!
Uma graça, né?
Beijos e bom final de semana,
Bela - A Divorciada
Ei! Vende Bib's aqui sim!! Aonde?? No Záffariii!! Eeeeee! Comprei na semana passada, hmmm.
Mas no cinema não tem. Aff :/
Beijos :)
Postar um comentário